sábado, junho 17, 2006

Falta de fiscalização de dinheiro público abre espaço para fraudes. Na Folha, por Malu Delgado: "O descaso com que o poder público trata a fiscalização de convênios celebrados entre órgãos e autarquias federais com prefeituras, Estados e entidades privadas faz com que a União não saiba detalhes sobre o que foi feito com pelo menos R$ 8,7 bilhões. Esse é o montante acumulado, até 31 de maio deste ano, de pendências relativas à apreciação ou encaminhamento de prestação de contas de contratos feitos por dez ministérios e órgãos federais. Eles foram auditados desde 2002 pela CGU (Controladoria Geral da União). Na análise das contas da União de 2005, julgadas neste mês pelo TCU, fica explícito o problema: 61% dos convênios encerrados até 2004 ainda não tiveram prestação de contas apresentada. O TCU deu prazo de 180 dias para que o ministério [do Planejamento] desenvolva um estudo técnico propondo alterações em toda a estrutura de fiscalização do Estado. A prioridade é a criação de um sistema de informática que permita o acompanhamento online dos convênios."
Militantes de esquerda levaram à ruína adversários políticos no sul da Bahia Revista Veja: "No dia 22 de maio de 1989, durante uma inspeção de rotina, um grupo de técnicos descobriu o primeiro foco de uma infecção devastadora conhecida como vassoura-de-bruxa numa plantação de cacau no sul da Bahia. A praga é mortal para os cacaueiros. Em menos de três anos, de forma espantosamente veloz e estranhamente linear, a vassoura-de-bruxa destruiu as lavouras de cacau na região – e fez surgir um punhado de explicações para o fenômeno, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vítima de uma sabotagem agrícola por parte de países produtores de cacau da África, como Costa do Marfim e Gana. Agora, dezessete anos depois, surge a primeira testemunha ocular do caso. Ele conta que houve, sim, sabotagem, só que realizada por brasileiros. Em quatro entrevistas a VEJA, o técnico em administração Luiz Henrique Franco Timóteo, baiano, 54 anos, contou detalhes de como ele próprio, então ardoroso militante esquerdista do PDT, se juntou a outros cinco militantes do PT para conceber e executar a sabotagem. O grupo pretendia aplicar um golpe mortal nos barões do cacau, cujo vasto poder econômico se desdobrava numa incontrastável influência política na região. A idéia, diz ele, partiu de Geraldo Simões, figura de proa no PT em Itabuna que trabalhava como técnico da Ceplac, órgão do Ministério da Agricultura que cuida do cacau. Os outros quatro membros do grupo eram todos membros do PT e trabalhavam na Ceplac." (P.Leitura)
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