sexta-feira, julho 28, 2006

DEU NA FOLHA DE SEXTA, 28/07

ECONOMIA

TAXA DE JURO – “Depois de nove cortes seguidos, o Banco Central dá sinais de que a queda na taxa Selic deve passar a acontecer mais lentamente. Na avaliação dos diretores do BC, os juros estão cada vez mais próximos do seu piso e, por isso, é recomendável “maior parcimônia” nas futuras reduções.’

“Segundo a previsão de analistas, os juros devem cair para 14 % ao ano até dezembro.”

(faz anos, muitos anos, que o juro real no Brasil não abaixa de 10 %. É a taxa real mais alta do mundo, disparada. Juro alto trava o crescimento. Justamente por isso é indicado para segurar a inflação.)

DESEMPREGO SOBE – “Na contramão de todas as previsões (?), a taxa de desemprego subiu em junho para 10,4 % - contra 9,4 % no mesmo mês de 2005, segundo o IBGE.”

“Para o IBGE, a economia não está crescendo na velocidade necessária para absorver o aumento da procura pro trabalho, o que fez o desemprego subir”

(Perfeitamente dentro da lógica econômica: juro alto, crescimento baixo, desemprego)

RENDA CRESCE – “Já a renda segue em expansão, mantendo o desempenho favorável dos últimos meses graças ao reajuste do salário mínimo e a estabilidade da inflação.”

(Há um outro fator mais importante para a elevação da renda: a baixa dos produtos agrícolas. Veja a seguir:)

RETRAÇÃO DE OFERTA AGROPECUÁRIA (economista Bráulio Borges): “Entre meados de 2003 e maio de 2006, o preço pago ao produtor para o arroz caiu 53 %, recuou 26 % para o milho, teve queda de 23 % para o algodão, caiu 18 % para o boi e despencou 45 % para a soja”

“Não bastasse isso, alguns importantes componentes dos custos dos agricultores subiram de modo expressivo, como o preço do óleo diesel, que aumentou 26 % no mesmo período.”

“A rentabilidade do agronegócio sofreu expressiva queda ao longo dos últimos anos, e isso criaria o risco real de uma retração da oferta de alguns produtos agropecuários no ano que vem (...) que poderá afetar de maneira significativa a inflação em 2007.”

(Entendeu a lógica da economia eleitoreira? Não fazem o necessário crescimento que beneficiaria toda a economia, criaria empregos. Para compensar, elevam o poder aquisitivo (renda), especialmente com o barateamento dos produtos agrícolas (via barateando o dólar!). Isso é sustentável, duradouro? Ou a conta virá no ano que vem com a quebradeira dos agricultores?


Não arrumam o que deveria ser arrumando e ainda estragam o que está dando certo!)

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