segunda-feira, julho 24, 2006

ITAPEVA: CÂMARA DEVOLVE R$ 400 MIL PARA EXECUTIVO

Folha do Sul de 22/7 (leia aqui): ”Por decisão da Mesa da Câmara, o legislativo itapevense vai devolver R$ 400 mil ao executivo municipal, recursos provenientes do orçamento que estavam sendo poupados para dar início à construção da nova sede.

Segundo o presidente da Câmara, Ulysses Tassinari (PV), a decisão objetiva amenizar a situação provocada pelo seqüestro judicial efetuado na semana passada, no valor de R$ 596.736,17, referente ao pagamento de precatório em nome de Anice Jamil Chueri.

“Estamos devolvendo esse recurso diante de uma situação imprevista.”

A Mesa - composta também pelos vereadores Paulo de la Rua (PDT) e Áurea Rosa (PTB) - vinha poupando recursos objetivando dar início à construção de sua sede própria, no Jardim Europa.

Para o executivo, a iniciativa representa um auxílio inesperado. Além de ajudar no cumprimento da folha de pagamento, o aporte de recursos vai permitir a continuidade das obras em andamento sem maiores problemas.”

COMENTÁRIO. Nós que criticamos (
leia aqui) a inoportunidade da iniciativa da Câmara em construir nova sede (orçamento inicial de R$ 1.600.00,00), sentimo-nos à vontade para elogiar a decisão da Mesa de abrir mão do projeto (ao menos temporariamente) para ajudar o Executivo (ou melhor, o Município) neste momento difícil causado pelo seqüestro judicial.

“Situação imprevista”?

Ora, ora! Quem não sabia ou não leu nos jornais locais que o precatório estava na bica, que chegaria a qualquer momento? Quem não sabia que administrações anteriores deixaram a cidade em “terra arrasada”?

Pior. Tem mais precatórios na bica, e dos grandes! Leiam no Ita News de 21/7 a entrevista do Dr. Antonio Rossi Jr, Secretário Jurídico: “Precatórios poderão deixar Itapeva ingovernável.” Refere-se a mais dois precatórios que totalizam R$ 15 milhões, que podem cair a qualquer momento. “Juridicamente, não há mais nada a fazer, a não ser procurar assimilar esse valor (com tentativas de acordo) de uma forma que amenize o pagamento das demais contas do município.”


A Câmara - que representa a comunidade - prestaria bom serviço se discutisse um plano B de emergência para a hora “h” – que pelo visto, é simplesmente uma questão de tempo!

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