quinta-feira, agosto 24, 2006

ECONOMIA REAL EM CRISE
Baixo crescimento da economia leva rede a reduzir custos e rever metas de crescimento de 17% para 4%
Crise do agronegócio derruba vendas no Sul em 50%: lojas fechadas
"Pela primeira vez desde 2001, o ano do apagão, as Casas Bahia, a maior rede de eletrodomésticos e móveis do País, vão crescer menos que o previsto. A empresa decidiu fazer um ajuste para se adequar ao ritmo mais lento da economia.
"Se crescermos 3% ou 4% este ano estaremos satisfeitos", diz o diretor administrativo e financeiro, Michael Klein. Segundo ele, o mercado de consumo como um todo atingiu o limite de saturação. A inadimplência subiu 1 ponto porcentual neste ano e, segundo ele, o crédito consignado, aquele com desconto em folha de pagamento, reduziu a renda disponível no bolso do consumidor.
Klein conta que a retração no faturamento foi sentida no primeiro semestre e as vendas começaram a desacelerar logo depois do Dia das Mães. De janeiro a junho, a rede registrou queda de 5% nas vendas em relação a igual período de 2005".
"A economia está andando, mas é de lado".
O pano de fundo do ajuste da companhia é o ritmo mais lento da economia, que foi agravado especialmente no Sul do País por causa da crise do agronegócio e perda de fôlego das exportações de calçados e de frangos. Nos últimos dois meses, a empresa fechou seis lojas na região e a idéia é encerrar a atividade de mais quatro até o fim deste mês: Farroupilha (RS), Camaquã (RS), Mafra (SC) e Campo Mourão (PR). Por causa da queda de 50% das vendas no Sul, a empresa também adiou os planos de construir novo depósito na região.
Klein diz que a intenção é manter a presença no Sul, mas realocando as lojas para cidades menos influenciadas pelo agronegócio.Além das dez lojas do Sul, foram fechadas duas em São Paulo, em São Miguel Paulista e Itaquera. O motivo, segundo o diretor, é que havia sobreposição de outras unidades da rede.
Pela primeira vez na história recente, a empresa vai fechar o ano demitindo funcionários. Ao todo, Klein diz que serão cortados 2 mil trabalhadores, de vendedores a cargos administrativos de diretoria. No ano passado, a empresa, que é a terceira maior empregadora do País, abriu 22 mil postos de trabalho. A idéia inicial era fechar 2006 com um saldo de 10 mil contratações." Leia mais aqui
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