terça-feira, outubro 31, 2006

COMO CONCILIAR OS DOIS BRASIS

"É preciso conjugar crescimento econômico com distribuição da riqueza", receita o filósofo José Arthur Giannotti, professor aposentado da Universidade de São Paulo.
Para tanto, o país precisa trabalhar em duas direções. Primeiro, tem de derrubar as barreiras contra o capitalismo, o único regime conhecido capaz de gerar riqueza – coisa que até a China já percebeu.
Em segundo lugar, como o capitalismo também produz desigualdade, o país precisa empenhar-se em distribuir a riqueza de modo a reduzir a desigualdade ao máximo.
"O problema é que a eleição está mostrando que a maioria da população quer crescer sem capitalismo. A maioria está querendo crescer à sombra do Estado, na base do jeitinho", diz Giannotti, descrevendo em seguida outra divisão que permeia o país:
"Estamos divididos entre os 'modernizadores', que estão dispostos a pagar um preço pelo capitalismo, e os 'conservadores pintados de vermelho', que querem estradas perfeitas mas sem pedágio, educação de bom nível mas sem controle da qualidade, e por aí vai".
A chave da prosperidade brasileira não é outra senão encontrar uma pauta comum entre os modernizadores e a esquerda conservadora." LEIA MAIS
DÍVIDA DO MUNICÍPIO DE ITAPEVA: R$ 50 milhões
Folha do Sul (link ao lado)
"Município ainda acumula dívidas de R$ 50 milhões. Em resposta a requerimento do vereador Ulysses Tassinari, o secretário municipal de Finanças Adelço Bührer Júnior informou em ofício datado de 5 de setembro que o município de Itapeva ainda acumula débitos no valor de R$ 13.316.513,62 inscritos como restos a pagar, referentes a exercícios anteriores.
O secretário informou, ainda, que mensalmente o município paga um total de R$ 505.847,72 referentes a dívidas das administrações anteriores que foram renegociadas com os fornecedores.Dentre os pagamentos parcelados estão credores como Sabesp, Elektro, Embratel, Fundef, Pasep, INSS, FGTS, Sindicato, Ceagesp, Imprensa Oficial e Santa Casa de Itapeva.
No total, o saldo remanescente de R$ 43.336.697,02. Fora disso, o município mantém negociações para parcelamento de mais R$ 5.987.505,00, referentes a dívidas de administrações anteriores, dentre as quais estão a Cetesb, Ginastrada, convênios da Ação Social, repasses da obra do Córrego do Aranha, estádio municipal, multa do matadouro e AIDS."

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ITAPEVA - FINANÇAS MUNICIPAIS SOB CONTROLE
Folha do Sul:
"Em 2007, Itapeva vai dobrar os investimentos. Embora a cifra seja pomposa, de quase R$ 105 milhões, na avaliação do prefeito Luiz Cavani, o orçamento municipal de 2007 é suficiente para pagar as dívidas e dobrar a capacidade de investimentos em Itapeva em relação a 2006.
Em entrevista à Folha do Sul na tarde da última terça-feira (24), o prefeito mostrou-se satisfeito com os valores. Basicamente são R$ 87,5 milhões para custeio e R$ 17,2 milhões para investimentos, destes, R$ 3,3 milhões são destinados a pagamento de serviços de dividendos internos, restando assim R$ 13,9 milhões para investimentos reais, como obras e compra de equipamentos.
O prefeito comemora também o fato do município ter saído dos déficits anuais que ocorriam até o ano de 2004 e garante: as finanças de Itapeva estão sob controle." LEIA MAIS NA FOLHA DO SUL

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HAVERÁ OPOSIÇÃO?
Folha do Sul:
"O vereador Marmo contesta essa coluna. Segundo ele, ele aceitaria comer uma pizza com o prefeito Cavani. Na ocasião, diz ele, aproveitaria a oportunidade para fazer algumas cobranças."
PORTEIRA ABERTA
Folha do Sul:
"ABERTURA: Além de Paulo Saponga, outro que está de malas prontas para se filiar ao PT é o suplente de vereador Ney Gonçalves, ex-PDT."
"LEGENDA FORTE: De olho em 2008, Luiz Cavani (PT) planeja fortalecer eleitoralmente o PT e assumir, em definitivo, o comando do partido em Itapeva."
ITAPEVA - INCÊNCDIO
Incêndio destrói nove barracos do bairro Pilão D’Água
TV TEM: "Um incêndio destruiu nove barracos do bairro Pilão D’Água em Itapeva na última segunda-feira. Segundo o corpo de bombeiros, um curto circuito teria causado o fogo. Foram pelo menos duas horas para conter as chamas. Um caminhão pipa também ajudou no trabalho. Outros três barracos foram atingidos parcialmente. Ninguém ficou ferido."
AS QUATRO FASES DO POPULISMO
No Estadão, por José Pastore, da USP, especialitas em relações de trabalho e desenvolvimento
"Quem deu a vitória a Lula foi a brutal desigualdade que impera neste país.
Com base no tripé desigualdade, assistencialismo e propaganda, somado a noticiários favoráveis, Lula captou o interesse dos que precisam comer, se vestir e se divertir.
Para ser feliz, todos precisam de um bom convívio com familiares e amigos. Mas, nas classes de renda mais baixa, o acesso a bens materiais é crucial para a felicidade.
Esses eleitores votaram com o bolso, mesmo porque Geraldo Alckmin foi definido pela campanha de Lula como uma grande ameaça às conquistas obtidas.
A QUESTÃO
A questão é saber até que ponto se pode sustentar essa satisfação com políticas populistas que se baseiam em transferências do governo. O populismo passa por quatro fases.
Na primeira, a da glória, as benesses trazem a vitória esperada.
Na segunda, começa-se a duvidar da estratégia porque o déficit aumenta, os investimentos caem e os empregos não aparecem.
Na terceira, vêm os primeiros sinais do colapso com elevação da inflação ou chegada da recessão - a menos que se estatize.
Na quarta, volta a necessidade de se utilizar políticas duras para reequilibrar as finanças públicas, com decepção popular e mudança do governo.
Assim tem sido o populismo da América Latina, materializado por Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón e, mais recentemente, por Hugo Chávez, Evo Morales, Néstor Kirchner e Lula.
Resta saber se, contrariando a História, suas políticas conseguirão garantir os investimentos para se chegar ao emprego e ao desenvolvimento.
Quem viver verá." ÍNTEGRA
INDUSTRIAIS x BANQUEIROS
Fiesp pede saída de Meirelles do Banco Central
Marcelo Rehder e Cleide Silva, Estadão

"Um dia após a vitória do presidente Lula para um segundo mandato, o principal líder empresarial paulista, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, pediu a substituição de Henrique Meirelles na presidência do Banco Central.
Para Skaf, sem essa alteração não faria sentido o novo discurso adotado por Lula, segundo o qual o desenvolvimento será a prioridade no segundo mandato.'Nos últimos dois anos, o BC gastou muito dinheiro com juros e tivemos um prejuízo muito grande com a falta de crescimento do País', disse Skaf.
Na avaliação da Fiesp, Meirelles deve ser substituído, o mesmo não ocorre em relação ao atual chefe do Ministério da Fazenda, Guido Mantega. Para Skaf, ele deve ser mantido." LEIA MAIS
Desenvolvimentistas: Guido Mantega e é claro, os industriais e agricultores - que precisam e querem produzir mais."
Monetaristas (juro alto para "segurar" a inflação): Meirelles, Palocci e é claro, a turma da grana (rentistas) que vive no bem-bom de juro.
O drama: sem política desenvolvimentista nenhum país aumenta a produção e o emprego. Isso é pacífico entre os economistas. Mas para desencadeá-la, há que elevar o investimento. É aí que o bicho pega. Porque para aumentar o investimento, é necessário diminuir o consumo - apenas num primeiro momento (o que pode fazer estrago na popularidade do governo). Lembre-se da fórmula:
renda(produção) = consumo + investimento
Tanto na reeleição de FHC como de Lula, ambos optaram por aumentar o consumo! Ganharam a reeleição, mas o País perdeu crescimento. E isso é feito com a desvalorização do dólar - que barateia os produtos importados e por tabela, os nacionais.
PS: Leitor amigo, me desculpe se estou sendo muito repetitivo. É que não dá para entender política sem entender certos fatos econômicos. Entendendo-os fica mais fácil de ver que a diferença entre os políticos, muitas vezes, está só no discurso, no gogó, da boca pra fora. Ademais, não há diferença entre economistas desenvolvimentistas do PT e do PSDB.
Não existe uma economia de esquerda. Nem Marx deixou a receita. O que existe são decisões políticas que podem beneficiar mais o consumo imediato ou podem beneficiar mais o investimento (ou seja, mais consumo posterior). Só isso.
Estado provedor e economia competitiva

Fábio Ulhoa Coelho, Estadão

"O grande desafio, então, é combinar democracia, Estado provedor e economia competitiva.

Os países nórdicos conseguiram essa combinação em meados do século passado e a mantêm.

Claro que a receita deles não pode ser simplesmente repetida aqui, em vista das profundas diferenças culturais, históricas e de dimensão territorial. Mas não se pode descartar, na partida, essa alternativa como se fosse absolutamente inviável.

O decisivo na reeleição de Lula foi o “voto Jeffrey Sachs” - o economista que tem mostrado não existir incompatibilidade entre elevada carga tributária, Estado de providência e competitividade econômica.

Os próximos quatro anos mostrarão as condições de viabilidade da combinação à brasileira desses fatores. O “regoverno” precisa descobrir um meio de prosseguir na manutenção do Estado provedor até aqui construído, sem inchaço da máquina, sem aumento dos impostos inibidores da competitividade de nossa economia e com estrita responsabilidade fiscal." VALE A PENA LER A ÍNTEGRA(OS QUE SE INTERESSAM POR CIÊNCIA POLÍTICA)
Bolsa dos rentistas x crescimento

Mônica Bergamo, Folha

"O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, procurou alguns dos maiores banqueiros do Brasil nos útlimos dias pedindo apoio para virar ministro da Fazenda no governo Lula. Ou, no mínimo, permanecer no Banco Central. Pelo menos um dos banqueiros ouviu, mas decidiu ficar quieto, embora considere a possibilidade de permanência de Guido Mantega na Fazenda um mau negócio."
Em 20 anos, Mantega é o primeiro ministro da linha desenvolvimentista. Se cair, é sinal que os rentistas continuarão mamando 42 % do Orçamento Federal em juros! Descontando o valor pago aos aposentados, sobra apenas 26,49 % para gastos com saúde, educação, transporte, energia...
Alckmin domina topo do IDH; Lula, a parte inferior
Folha
"[Mesmo] no meio do massacre que foi a votação de Lula anteontem no Nordeste, Maceió, dona do melhor IDH de Alagoas, deu vitória a Geraldo Alckmin.
Em Minas Gerais, Poços de Caldas, cidade com o índice de desenvolvimento mais alto do Estado, não entrou na onda petista e deu 52% dos votos válidos para o candidato tucano. LEIA MAIS
Há risco de divisão dos dois brasis?
Só há risco se o governo cair de vez no populismo, como esse de quebrar a agricultura para baratear a cesta básica (aí agrada uma parte e desagrada a outra - que, descapitalizada, passa a produzir menos comida!).
Se optar pelo modelo clássico das democracias desenvolvidas, agradará as duas partes. Tal modelo é bem sucedido exatamente porque agrada a ambas, criando um círculo virtuoso.
Qual é o modelo clássico?
Ambiente competitivo para que as empresas invistam, produzam, criem empregos. E recolham pesados impostos para o governo cuidar do que deve ser cuidado, especialmente dos mais pobres, capacitando-os para a inclusão econômica e social.
PS: é claro que a campanha petista não contribuiu para a mudança de mentalidade. Pelo contrário, já há gente contra o crescimento do país porque crescimento gera desigualdade (ai, ai, ai..), como relatou o Luis Nassif em seu blog.
PS-2: A Folha do Sul publicou na coluna "Palavra da Salvação", artigo (Avareza e despreendimento) do católico Felipe Aquino, na linha da teologia da pobreza. Diz que o "amor" ao dinheiro (ou seja, o esforço para produzir riqueza) é a causa de todos os males!
Sei não. Acho que é o contrário? Ora, não é a pobreza, esta sim, uma das principais causas da degradação social, de desestruturação de famílias, da violência, da prostituição infantil? Na ponta do lápis, o estrago decorrente da pobreza é mil vezes maior!

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PARA LER E REFLETIR

Perversões da democracia
Na Folha, por Gustavo Ioschpe, mestre em desenvolvimento econômico
Trechos:"A premissa da democracia é que ninguém melhor do que o próprio cidadão para julgar o que é melhor para si.
Para que o processo seja justo e atinja seus objetivos, são necessárias algumas condições.
1-O eleitor precisa saber o que ocorre e o que cada candidato defende (informação);
2-[O eleitor] precisa conseguir analisar esse conhecimento para julgar qual proposta será mais condizente à consecução de seu ideal de país (formação).
Em um país como o Brasil, em que o acesso à informação é precário e a capacidade de julgamento é prejudicada pelo baixo esclarecimento da maioria da população, a tentação de usar as limitações da democracia para solapá-la são enormes.
Em particular há duas tentações: a de sacrificar o futuro pelo presente e a de sacrificar a minoria pela maioria.
Creio que o governo que acaba de ser reeleito comete ambos os abusos.
Os paliativos oferecidos aos pobres são financiados por um aumento do peso do Estado, que tende a fazer com que o subdesenvolvimento perdure. Os pobres não sabem disso, mas os governantes, sim.
Não apenas a pobreza de amanhã financia a de hoje, como se criou uma cultura de ressentimento e vilanização dos que pensam diferente.
Quem aponta a nudez do rei é visto como elitista.
Quem cobra a eficiência da gestão pública é tachado de privatista.
Quem discorda da imposição de critérios raciais na orientação de políticas públicas é racista.
Quem acredita que o respeito à lei e às instituições é um dever que voto nenhum pode alterar virou golpista.
Os adversários políticos que não se vendem serão destruídos por dossiês criminosos.
A democracia está sendo solapada pela desqualificação do contraditório, pelo achincalhamento dos mecanismos de controle do Executivo da imprensa ao Congresso.
Pão e mensalão: a receita da pax lulista.
Esse meio é seu próprio fim. O poder que corrompe é usado a serviço da manutenção do poder. Ninguém acredita que o Bolsa Família diminuirá a pobreza.
Se continuar assim, a justiça econômica advirá da socialização da pobreza" LEIA A ÍNTEGRA AQUI

segunda-feira, outubro 30, 2006

CAMPANHA DO ATRASO

Essa é de doer. Não bastasse a demonização da privatização, os “fiéis” do PT estão também demonizando o crescimento da economia!

Por quê? Porque o crescimento gera “desigualdade” Ai, ai, ai...

Olhe só o que o Luis Nassif escreveu hoje em seu blog:

“Pessoal, peloamordedeus, não cometam o erro de demonizar o desenvolvimento, como se fosse fonte da concentração de renda. É possível crescer e distribuir. É possível crescer sem distribuir em termos relativos. Mas distribuir sem crescer é sonho, dura pouco. O crescimento permite gerar emprego, melhora a arrecadação sem aumentar impostos, permite gerar mais recursos para políticas sociais.Só faltava, agora, essa anorexia com o crescimento, que já contaminou o mercado, passar a contaminar também outros setores.
Nos anos do chamado "milagre" aumentou a concentração de renda, mas melhorou a vida de todos. Aliás, se o crescimento no "milagre" tivesse se dado com distribuição de renda e melhoria dos serviços públicos, não teria se esgotado na primeira crise internacional.
Adendo: De tanto os cabeções insistirem que não se pode crescer sem cortar saúde, educação e previdência, o pessoal acabou acreditando que o mal está no crescimento. Esses economistas nunca pensaram em desenvolvimento. Sua única meta é a "solvência das contas públicas", isto é, cortar todos os gastos, para que haja mais espaço para a irresponsabilidade monetária do Banco Central." LEIA AQUI
Depois dessa, só chorando...Esse pessoal acredita que é possível promover a igualdade quebrando a agricultura!
DESENVOLVIMENTISTAS x MONETARISTAS
Produção x especulação
Do blog Terra Magazine:
"Palocci atira em Mantega e busca manter Meirelles
O ex-ministro da Fazenda [Palocci] vocaliza um desejo que não é apenas seu, mas majoritário entre aqueles que foram, e seguem a ser, seus maiores apoiadores - inclusive na campanha recém-finda -, os banqueiros.
O que de fato quer o setor rentista é manter Meirelles ou ter em seu lugar alguém que pense e opere da mesma forma." LEIA MAIS
Comentário. Essa é a briga mais importante sobre o futuro da economia. De um lado, os que defendem um projeto de crescimento.
De outro, os que querem mais do mesmo, ou seja, juros altos (que consome 42 % do Orçamento Federal!) para os ricos e Bolsa para os pobres. É ruim, péssimo mesmo, para a economia, mas tem sido bom eleitoralmente. É que uns (os banqueiros) financiam a campanha e outros entram com o voto! FHC também foi reeleito com esse "programa" mas depois perdeu popularidade.
Qual a saída de Lula para a encrenca, ou vai ficar onde está para ver como é que fica?
Os banqueiros estão jogando pesado.
Aguardemos.
COMBATE À FOME
"Um relatório divulgado nesta segunda-feira pela FAO, a agência das Nações Unidas para a alimentação, diz que houve pouco progresso na redução da fome no mundo.
O Brasil, no entanto, mostrou avanços significativos no combate à fome, reduzindo o número de pessoas desnutridas de 18,5 milhões em 1990-1992 para 14,4 milhões em 2001-2003, uma diminuição de 12 para 8% da população." LEIA MAIS NA BBC
Para o professor Per Pinstrup-Anderson, da Universidade Cornell, em Nova York, a agricultura é o ponto-chave . "Quando você põe dinheiro nas mãos dos agricultores, esse dinheiro é gasto na criação de emprego e na redução da pobreza", disse ele. "Constatamos em nossa pesquisa que, para cada dólar que você investe em pesquisa na agricultura, você gera cerca de US$ 6 de renda adicional entre os agricultores e em torno de US$ 15 de crescimento econômico adicional na sociedade como um todo." LEIA AQUI
Comentário. No entanto a agricultura brasileira é maltratada, como agora mesmo com o câmbio fora de lugar.

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ELEIÇÃO - REPERCUSSÃO NA IMPRENSA EUROPÉIA
"O expediente de jogar a culpa em governos anteriores e na própria falta de bagagem administrativa não poderá mais ser usado para justificar eventuais problemas que o presidente Lula venha a enfrentar em seu segundo mandato, afirma o jornal francês Les Echos." LEIA MAIS NA BBC
ITAPEVA: CAOS NA SAÚDE PROLONGADO POR PÃO-DURISMO

Jornal Ita News de 27/10

“O vereador Tarzã propôs que a Câmara envie um ofício ao prefeito, pedindo que eleve o valor do salário dos médicos dos PSFs para R$ 7 mil.

O vereador está mal informado. Algumas prefeituras da região já pagam R$ 12 mil por mês para poder manter os PSFs funcionando.”

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ITAPEVA – CAOS NA SAÚDE E ROLANDO LERO
Jornal Ita News de 27/10
“[A vereadora] Áurea leu uma carta enviada pela senhora Ângela, voluntária no Posto de Saúde da Vila Camargo, que relatou os problemas enfrentados pela comunidade daquele bairro. Disse que quer ver o Livro Preto da Saúde, onde são anotadas as reclamações feitas através do disque-denúncia.

O Denílson tem que sair de sua cadeira de doutor e percorrer todos os PSFs, pois esta é a função do secretário.

Não agüento mais audiências com termos técnicos, que ninguém entende.

Quero que ele fale a língua do povo”
O Ita News não deixou por menos: "Conseguirá?"

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PRÍNCIPE DOS PRÍNCIPES, REI DOS REIS, GUIA DOS GUIAS, SÁBIO DOS SÁBIOS
"Dou meu testemunho pessoal: corri quase todo o planeta, encontrei-me com nomes notáveis da política, das ciências, do pensamento e das artes.
Dentre os mais inteligentes que encontrei, está Luiz Inácio Lula da Silva, agora nosso presidente. Somente ignorantes podem chamá-lo de ignorante.
Sua inteligência pertence ao seu carisma: desperta, arguta, indo logo ao coração dos problemas e sabendo formulá-los do seu jeito próprio, sem passar pelo jargão científico."
Por que tanto puxa-saquismo frei Leonardo Boff?
MAIS UMA OLIGARQUIA É DERROTADA
"De nada adiantou o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à candidata do PFL ao governo do Maranhão, Roseana Sarney. Depois de 40 anos no comando do Estado, a família Sarney foi derrotada ontem pelo pedetista Jackson Lago, que conquistou 51,82% dos votos válidos dos quase 4 milhões de eleitores do Maranhão, contra 48,18% de Roseana (99,99% dos votos apurados). A oligarquia Sarney é a segunda a perder poder nestas eleições: no primeiro turno, o petista Jaques Wagner ganhou o governo da Bahia, apeando o clã de Antonio Carlos Magalhães do controle do Estado." LEIA MAIS
Oligarquia - [do gr. oligarchía.] Substantivo feminino. 1.Governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família. 2.Fig. Preponderância duma facção ou dum grupo na direção dos negócios públicos. (Aurélio)
TIRAR O PAÍS DO ATRASO
Estadão
"O País que produz está, há tempo demais, em estado letárgico, e não é para menos. A sucessão de escândalos, a desabrida utilização da máquina administrativa a serviço da reeleição afinal conseguida e a conseqüente radicalização do clima político-partidário já custaram muito ao Brasil.
Agora, é cuidar do futuro.
A polícia, o Ministério Público e a Justiça que cuidem dos culpados pelas malfeitorias com dinheiro público.
E os partidos, uma vez terminada a guerra eleitoral, que tratem de buscar o terreno onde possam conviver civilizadamente e, naquilo em que for possível o consenso, se pôr de acordo para dotar o País dos instrumentos indispensáveis para a superação da crise fiscal e a promoção do crescimento.
Se não prevalecer a concórdia e o espírito público, o Brasil estará condenado ao atraso." LEIA MAIS
PRIVATIZAÇÃO
Marcos Cintra, na Folha
"UMA PESQUISA publicada na quinta-feira no jornal "Valor Econômico" mostrou que a privatização é rejeitada por 70% dos eleitores.
Infelizmente, a dinâmica eleitoral causou um grande desserviço ao país.
Transformou a privatização em palavra maldita, e reforçou na mente do brasileiro a crença equivocada de que cabe ao governo desempenhar funções mesmo que o livre mercado possa delas se desincumbir com maior eficiência.
Durante a disputa eleitoral criou-se o fato de que o candidato de oposição privatizaria o que sobrou das estatais, inclusive o Banco do Brasil, a Petrobras, os Correios e a Caixa Econômica Federal." LEIA MAIS
Comentário
Vamos aos números e fatos para entender a questão:
a) No tempo de nossos avós, a maioria da população morava no campo. O governo gastava muito pouco com saúde e educação. Até recentemente, era comum pessoas (analfabetas) morrerem sem nunca ter ido ao médico (conheci várias lá na minha Turiba).
Detalhe: a carga tributária era próxima de 15 % do PIB - menos da metade da carga de hoje, e ainda sobrava dinheiro para o governo construir siderúrgicas (Volta Redonda), Petrobrás, etc, empresas que indubitavelmente foram importantes para o processo de industrialização (ademais, na época não havia capital privado para bancar essas empresas).
b) Agora mudou. Com a industrialização, as pessoas sairam do campo para morar na cidade (urbanização). A expectativa de vida ganhou uns 30 anos nesse período (graças à tecnologia e industrialização). Logo, a demanda por saúde, educação, habitação, transporte, saneamento, aposentadoria disparou. Daí que os impostos só subiram, atualmente em 38 % do PIB. Mesmo assim, os serviços públicos são sofríveis e claramente insuficientes.
Países adiantados gastam 15%, até 20 % do PIB (Canadá) apenas com saúde, dez vezes mais que o Brasil.
Outra coisa: agora há capital privado para investir em novas empresas (boa parte desse capital está emprestado ao governo - dívida pública).
Eis a questão:
O governo deve aplicar o escasso dinheiro nos impostos em empresas estatais (como fazia antigamente) ou deve priorizar o atendimento das novas demandas por saúde, educação, segurança, transporte?

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ELEIÇÃO - VEJA A OPINIÃO DE DIVERSOS INTELECTUAIS
Folha
"A novidade histórica desta eleição é a vitória da periferia social sobre o centro. Apesar dos escândalos, o núcleo do eleitorado de Lula formado pelos trabalhadores, pelos negros e pelas camadas mais pobres não se abalou. O avanço do governo Lula foi a constituição de uma base eleitoral social-democrata, cujo perfil é parecido com o do Partido Democrata americano dos anos 60."
"Essa eleição não traz nenhuma esperança, ao contrário de 2002, que trazia esperança na ética, e de que o Brasil teria uma política de baixo para cima. Estamos vivendo em um Brasil extremamente paradoxal, onde os extremos -os mais excluídos e os mais incluídos- fazem uma espécie de aliança diabólica perversa. No segundo mandato, creio que a política econômica seguirá a mesma." LEIA MAIS

domingo, outubro 29, 2006

Eleição para presidente, 2° turno

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL - 2° TURNO

Porcentagem de votação

Cidade - Lula - Geraldo
Itaberá - 53 x 47
Itapeva - 40 x 60
Ribeirão Branco - 53 x 47
Buri 42 x 58
Nova Campina 41 x 59
Itaóca 51 x 49
Capão Bonita 37 x 63
Itapetininga 32 x 68
Sorocaba 48 x 52
Avaré 36 x 64
Capital-SP 46 x 54
Brasil 60,81 x 39,19
Consulte mais cidade no Estadão

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Para rir

Populismo X Tecnocracia
Conhecimento é poder
Do professor titular de ética e filosofia política na Unicamp, Roberto Romano
Caderno Mais!
"Na recente história política e cultural, muitas atitudes nomeadas como "populismo" uniram-se a todo um aparato tecnocrático.Demagogos podem servir como face humana de burocracias movidas por frios cálculos.
O poder nazista e o seu primo soviético usaram a liderança de massas e a conjugaram a sofisticadas engenharias geopolíticas, econômicas, psicológicas, propagandísticas e repressivas.
O "populismo" exagera a soberania popular, algo essencial no Estado de Direito. Tal atitude deixa na sombra outros requisitos do Estado, como a institucionalização jurídica, os mecanismos de comando e planejamento.
As pretensões tecnocráticas tendem a ignorar a soberania dos cidadãos, em prol da mecânica jurídica, econômica, científica, estratégica.
O Estado é um mecanismo complexo. Ele garante as ordens políticas e científicas que ampliam a vida.Mas, sem o poder do povo, o elemento técnico é desregulado ou serve apenas para a dominação oligárquica e mesmo totalitária.
"Conhecimento é poder". Nações que não têm o Estado democrático de Direito e não podem contar com saberes avançados recebem papel subalterno na ordem mundial.
No Brasil, ciência e técnicas ainda são assuntos exclusivos do governo. É preciso abandonar o feitiço das antinomias falsas.
Precisamos de poder soberano democrático. Urge produzir o maior número possível de novas técnicas. O resto é apenas o "ismo" da pura má-fé, disfarçada por máscaras ideológicas."

Aproveite para ler lá a entrevista do sociólogo e doutor em geografia humana Demétrio Magnoli. Vai aqui uma pequena amostra:
"A democracia brasileira tem produzido resultados sociais positivos que só são negados por cegos ou pessoas mal-intencionadas. Embora o governo Lula se apresente como promotor inicial dos avanços sociais no Brasil, as estatísticas mostram que desde 1992 a desigualdade diminui, a pobreza diminui e a inclusão social aumenta.
Também diminui a catástrofe da educação e a saúde pública melhora, embora lentamente. Tudo isso é produto da democracia e deve continuar.
A inclusão social é um dos temas mais fortes no discurso de Lula.
O governo Lula discursa como se o País tivesse entrado num processo de queda após o regime militar, que só foi interrompido com a chegada dele ao poder.
É o discurso típico de desvalorização da democracia, típico de um projeto salvacionista, de salvador da pátria.
Ele não reconhece nada de virtuoso antes dele. Nem a democracia é virtuosa. Mas a democracia brasileira tem raízes profundas e resiste ao salvacionismo.
Isso aqui não é a Venezuela, nem uma república de banana, embora o governo muitas vezes faça parecer." (aqui)

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CAMPANHA DO ATRASO
"A campanha mostrou o extraordinário divórcio entre princípios de modernização e o pensamento da opinião pública majoritária.
A privatização foi demonizada, em si, princípios de gestão desmoralizados junto a grande parte da população eleitora.
Esses valores terão que ser recuperados, mas dentro de uma nova ótica. As novas lideranças terão que demonstrar que modernização e eficiência são ferramentas para melhorar a vida de todos."

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JEITINHO PARA BURLAR A LEI

Furos são ameaça à sobrevivência da Lei Fiscal
Estadão
"A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2000, considerada um marco na gestão das contas públicas no Brasil, está cheia de furos que tendem a piorar se não forem tapados. O alerta, dos economistas Amir Khair, José Roberto Afonso e Weder de Oliveira, está no décimo capítulo do livro Gasto Público Eficiente, no qual são listadas diversas medidas para recuperar e fortalecer a LRF." LEIA MAIS
Leilão eletrônico reduz despesas e corrupção
Estadão
"Os leilões eletrônicos nas compras do setor público representam uma das maiores revoluções, em termos de redução de custos e de corrupção, que estão em curso no Estado brasileiro. Para Luiz Fernando Bandeira, autor do capítulo do livro sobre esse tema, essa revolução pode ser bem mais abrangente e profunda." LEIA MAIS
Entrevista com a economista chilena Marta Lagos, diretora do Latinobarómetro, entidade que acompanha a evolução das opiniões da América Latina
Estadão: "Segundo o Latinobarómetro, os latino-americanos entendem que a democracia só é boa se produzir benefícios concretos para os pobres. É um conceito razoável, não?
Marta Lagos: Existem três demandas específicas na democracia.
Uma é a demanda pelos bens políticos, que premiam Lula, que chegou à Presidência vindo de uma família de analfabetos, representa a mobilidade social, enfim, é um 'deles'.
Outra é a demanda por bens econômicos, hoje indispensáveis a todos.
E a terceira é por bens sociais.
O problema das democracias latino-americanas é que elas têm de atender a essas três demandas simultaneamente. Na Europa, essas três demandas foram atendidas de maneira seqüencial. Aqui, não: nós queremos tudo de maneira simultânea.
Nenhum governo pode fracassar economicamente e ser, ao mesmo tempo, bem sucedido na consolidação da democracia. Tem de alcançar as duas coisas juntas.
Se um governo não logra avançar na luta contra a pobreza, não terá futuro nessa terra..." LEIA MAIS
ENTREVISTA COM O ECONOMISTA JOSÉ ALEXANDRE SCHEINKMAN
O bom exemplo de gestão e controle da Austrália
"Estadão: O que exatamente a Austrália fez?
Criaram uma agência reguladora que faz duas coisas: controla não só a eficiência do gasto público em si, mas também se os programas estão atingindo os objetivos para os quais foram desenhados.
Ou seja, estão fazendo lá mais do que um choque de gestão.
Em cinco anos, eles conseguiram eliminar 7,5% do PIB. E focar mais os programas para atingir os objetivos.
Há um exemplo que eu gosto de dar: se seu objetivo é aumentar a possibilidade de os pobres chegarem à universidade gratuitamente, facilitar a entrada de qualquer um não é uma maneira eficiente de se fazer isso.
Os programas de Educação no Brasil, por exemplo, não atingem seus objetivos." LEIA MAIS
DESENVOLVIMENTISTAS X MONETARISTAS OU PARA ELEITOR VER

Dilma e Mantega tentam afastar Meirelles
Kennedy Alencar, Sheila D'amorim, Folha
"A velocidade na queda dos juros após as eleições e, conseqüentemente, a permanência ou não de Henrique Meirelles no comando do Banco Central estarão no centro dos debates das próximas semanas sobre o futuro da economia no eventual segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Um grupo capitaneado por Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Tarso Genro (Relações Institucionais) já defende abertamente uma queda brusca na taxa de juros em 2007 como condição para o país crescer 5% ao ano ou mais nos próximos anos.
Como resiste a essa medida, Meirelles já é o alvo das pressões na montagem da nova equipe econômica. Nos planos do grupo de Dilma, Guido e Tarso, Meirelles seria trocado." LEIA MAIS
Pergunta minha: os banqueiros vão deixar?
Uma agenda para o crescimento
Suely Caldas, Estadão

"Fazer o País se desenvolver, crescer, gerar emprego e renda foram promessas (vazias, porque não explicitadas) repetidas incansavelmente pelos dois candidatos nos debates e ao longo da campanha eleitoral que findou.
Nos últimos quatro anos, o setor de infra-estrutura - o mais estratégico, porque sustenta e impulsiona a expansão da produção - ficou congelado no tempo, porque o governo Lula não priorizou o investimento público nem foi capaz de atrair o capital privado. Ao contrário, afugentou, como comprovam as informações abaixo:" LEIA MAIS
Lembre-se da equação da economia:
PRODUÇÃO = CONSUMO + INVESTIMENTO
Sem mais investimento (a parte não consumida da produção, ou da renda, ou do trabalho, como queira) o país não gera mais produção, ou seja, não cresce, não gera empregos.
Governo quebrado tem de abrir o País
Alberto Tamer, Estadão
"Seja quem for o vencedor das eleições de hoje terá de mudar radicalmente a política externa brasileira porque o eleitor receberá um governo quebrado. Sim, quebrado. Louva-se muito a drástica redução da dívida externa, mas em grande parte ela decorreu de um aumento brutal da dívida interna, que já passa de R$ 1 trilhão. E ainda faltam dois meses para acabar o ano. Só para que o leitor tenha uma idéia, o governo está pagando R$ 150 bilhões de juros, 8% do Produto Interno Bruto (PIB), para rolar uma dívida crescente, numa roda viva de juros sobre capital que se somam numa adição perversa." LEIA MAIS
POR QUE O PRESIDENTE LULA DEVERÁ SER ELEITO?

1- O Plano Cruzado foi lançado em
1 de março de 1986 por Dilson Funaro, ministro da Fazenda do governo do presidente José Sarney. O plano congelou os preços e salários.
O congelamento da taxa de câmbio levou o país a perder uma parcela considerável de reservas internacionais.
Algumas medidas corretivas ainda foram tomadas pelo governo , mas a proximidade das eleições fez com que o governo evitasse tomar medidas impopulares para garantir a sobrevivência do Plano. Após as eleições o governo implementou medidas impopulares como o descongelamento de preços com o intuito de tentar salvar o Cruzado.
Nas eleições de 1986, o PMDB (partido de Sarney) ganhou todos os governos dos Estados, com exceção de Sergipe (a oposição cunhou a expressão:“estelionato eleitoral”)

A inflação voltou e Fernando Collor foi eleito presidente em 1989, contra Sarney.

2. Plano Real – implantado em 1994, pelo presidente Itamar Franco. Finalmente a hiperinflação foi debelada. Fernando Henrique Cardoso era o ministro da Fazenda.
Foram instrumentos principais para controlar a inflação a abertura comercial e a "âncora cambial": dólar baixo para estimular a importação. Em conseqüencia, caiu o preço da cesta básica, o que elevou o poder aquisitivo do salário.
FHC foi eleito em 1994 e reeleito em 1998.
No segundo mandato de FHC, o dólar subiu, a cesta básica subiu junto, ou seja, o salário perdeu poder aquisitivo, o governo perdeu popularidade. Lula, de oposição, foi eleito presidente em 2002.

3. Plano Lula – de certa forma, foi feito um novo Plano Real. O dólar abaixou...a cesta básica caiu...o poder aquisitivo do salário subiu.
É isso. Fácil de entender, né?
Como se vê, quem têm definido a eleição são as moedas – a nacional e a internacional (câmbio).

Infelizmente, à custa do crescimento da economia – justamente o que é fundamental para criar mais produção e emprego.

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sábado, outubro 28, 2006



DEBATE

Gostei do debate da Globo – pessoas do povo (eleitores indecisos) perguntando sobre problemas concretos que vivem no dia-a-dia (fila na saúde, baixa qualidade da educação, dificuldades com transporte, habitação etc). Diminuiu o bate-boca entre os candidatos, trazendo-os para mais perto da realidade.

Será que o presidente Lula se considera um marciano, um de fora, um enviado?

Ele repetiu zilhões de vezes a expressão “vocês que governaram o Brasil durante 506 anos”.

“Vocês” quem?

O engraçado é que ele gosta de se comparar com Getúlio e JK.

E de receber apoio de Itamar, Sarney. De Delfim Netto, Quércia, Maluf, Jader. Até de Collor.
"Vocês" quem, cara pálida?
Artigo deste blogueiro publicado na Folha do Sul de Itapeva, neste sábado.
É a alternância, senhores!
O que faz a riqueza de uma nação é a capacidade produtiva. O que faz a justiça é a democracia. Nos últimos 22 anos, até 2003, o Brasil - redemocratizado - reduziu o índice de pobreza pela metade. E continua reduzindo (um quarto da população ainda é pobre).
Razão da proeza: na eleição, nenhum político quer ficar de mal com eleitor pobre. A receita da direita republicana é fortalecer o empreendimento para aumentar a produção, e conseqüentemente, o emprego e o salário. A da esquerda republicana é distribuir renda para estimular o consumo, e por tabela, a produção. Ambas se completam.
Sonhadores, não há mágica que faça todos vivermos da horta do vizinho. É aritmético: para aumentar o consumo, há que ampliar a produção, e vice-versa.
Daí que alternância esquerda-direita faz sucesso nas democracias consolidadas porque ora se estimula a produção, ora a distribuição. Não é o eleitor engajado (cabeça-dura) que faz a alternância, mas sim o pragmático, que sente no bolso onde o calo dói. O resultado é bom: empresas competitivas, que repassam até 50% da produção (isso mesmo) para governo (honesto) cuidar do que deve ser cuidado, especialmente dos mais pobres. Isso funciona (paraíso não existe, o homem sempre quer mais). Todos os países campeões em qualidade de vida alternam governos de esquerda e direita, sem exceção! A direita republicana acabou de voltar ao poder, que certamente perderá nas próximas eleições: é com alternância que a democrática Suíça fica cada vez mais rica e justa!
O mérito de Lula foi realçar a problemática social. Acertou na intenção. Errou na dose. O mapa eleitoral do 1° turno confirma que Lula está cortando braços do setor produtivo. Agricultores descapitalizados, principalmente pequenos, inclusive de nossa região (é rica?), reduziram área de plantio, cortaram empregos! Fábricas estão desempregando para importar liquidificadores, geladeiras, bugigangas, por causa do câmbio errado. Resta evidente que a política econômica conspira contra o Brasil, que não cresce, não gera emprego suficiente. Para quê? Para favorecer banqueiros financiadores de campanha? Para favorecer o projeto de poder?
Governos enrascados vivem de briga com a imprensa. Dá para entender. Querem reinar numa boa, tapar sol com peneira, adoçar a boca do povo. E a imprensa (que reflete o pluralismo dos (e)leitores) chega para estragar a festa. Para mostrar o vazamento do imposto dos pobres pelos valeriodutos e fundefdutos da vida!
Atacar a imprensa é atacar o contraditório, a transparência, a democracia! É autoritarismo usar a própria liberdade de imprensa para atacá-la e desqualificar os que pensam diferente. Ah, quando a imprensa corajosamente divulgou o movimento das Diretas Já, divulgou as greves de São Bernardo contra o arrocho salarial do regime militar, quando caiu de pau em cima de Collor e PC (o Valério de então), aí a imprensa não era “veículo de enganação da direita”!
É constrangedor ver ex-defensores da ética (25 anos falando da boca pra fora!) fazendo malabarismos para defender que “seus” corruptos são melhores que os dos “outros”! É o fim da picada comparar “ética por ética” para defender a impunidade geral!
E se a lei da selva vira moda? Imagine um assassino, na frente do juiz. “Matei sim, mas qual é o problema? Exijo absolvição. Afinal meu antecessor Caim também matou.”
Sebastião Loureiro, do Blog República (www.republicasim.blogspot.com)

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Mantega prevê juro real de 5%
Jornal do Brasil

"O Brasil deverá conviver nos próximos anos com juros reais (descontada a inflação) de 5% ao ano. Pelo menos é o que acredita o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ontem disse ser possível começar, no próximo ano, um ciclo de crescimento de 5% a 6% do Produto Interno Bruto (PIB). " LEIA MAIS
Será que os banqueiros vão deixar? Faz tempo que o juro real no Brasil não abaixa de 10 %. Em 2005, de cada 100 reais gastos pelo governo, 42,45 reais foram para a Bolsa dos ricos (31,06 para aposentadorias e apenas 26,49 para saúde, educação, segurança, transporte, energia....
DESENVOLVIMENTISTA x MONETARISTA

Conflito de idéias fica mais visível
Correio Braziliense
"As diferenças entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles estão cada vez mais visíveis.
Na noite de quinta-feira, Meirelles disse que o Brasil precisa promover reformas estruturais como condição essencial para ingressar num processo de crescimento econômico contínuo, de longo prazo. O segundo passo agora é enfrentar as reformas estruturais, para o país obter crescimento sustentável, declarou Meirelles, em São Paulo.
Já Mantega não defende reformas e conta com a queda da taxa básica de juros. Há estabilidade de preços que permite fazer uma política monetária mais flexível, disse durante evento, ontem, no Rio de Janeiro. LEIA MAIS
Comentário. Meirelles prioriza o combate à inflação. Com juros altos, é claro. Juro alto segura o crescimento, mas faz a alegria dos bancos. Meirelles foi banqueiro, é ligado aos bancos.
É a briga mais importante para definir a macroeconomia do novo governo.
Ou se continua como está e teremos mais do mesmo.
Ou se abaixa o juro (e o dólar sobe) para criar ambiente propício para o crescismento da economia.
Aguardemos.
CONCLUSÃO ÓBVIA
"O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, afirmou que não há dúvidas de que houve caixa 2 na campanha presidencial de 2002.
“Temos o barateamento das campanhas. Mesmo assim, temos valores mais elevados. Podemos concluir que a campanha de 2002 foi menos custosa? Em 2002, e não podemos ser ingênuos, houve recursos não contabilizados”, disse (no Correio Braziliense)
CRISE DO AGRONEGÓCIO
Cai 30% o crédito do BNDES à agricultura
O Estado de S. Paulo

"Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pessoas físicas na agricultura despencaram 30% de janeiro a setembro e deverão fechar 2006 no pior desempenho dos últimos 5 anos. Em 2004, o valor chegou a R$ 6,3 bilhões. Neste ano, ficará em torno de R$ 2,7 bilhões. O banco diz, contudo, que o desempenho de outubro esboça um cenário de recuperação. A avaliação é que a crise agrícola e os problemas de renda do produtor afetaram o desempenho das linhas voltadas ao setor."
Roteiro da resistência
Mauro Chaves, Estadão

"Tentar passar para nossos filhos e netos a idéia de que democracia ainda é o melhor sistema de organização do poder da sociedade que já foi inventado no mundo, apesar de todas as manipulações, maquinações e falsificações da vontade popular que pode propiciar.
E que as alternativas de formação de governo conhecidas até agora, que dispensam o voto universal e secreto, são muito piores, como indica nossa experiência histórica.
Então, que se tire da cabeça da juventude, que não conheceu ditadura, a remota ilusão de que algum tipo de autoritarismo poderia frear a degradação ética da vida pública brasileira." LEIA MAIS
CADEIAS PRODUTIVAS: GRANDES E PEQUENAS EMPRESAS EM PARCERIA

Paulo Haddad, Estado de Minas

"As cadeias produtivas que tinham na composição uma empresa-âncora de maior escala, capaz de estruturar os interesses empresariais a jusante e a montante, conseguiram tornar-se competitivas globalmente em um período de tempo não muito longo e ampliaram as exportações. A empresa-âncora, neste tipo de situação, atuava como uma espécie de agência coordenadora das indispensáveis transformações produtivas e organizacionais em termos de tecnologia, marketing e engenharia financeira. Nas indústrias automobilística e alimentícia, como ilustração, vislumbra-se esta ação coordenadora que viabilizou a competitividade sistêmica de um amplo conjunto de micro e pequenas empresas (MPEs) nas cadeias produtivas." LEIA MAIS
Caça às bruxas

Tales Faria, Jornal do Brasil
"Dirigentes petistas das estatais detectaram funcionários de alto escalão da Era FH que fizeram campanha para Alckmin, no final do primeiro turno, quando chegou a pintar esperança de vitória do PSDB. Agora, eles devem perder cargos comissionados."
NÃO ROUBE, OU ROUBE MENOS
"Que o próximo governo não roube, ou roube menos. Que não atente contra esse bem precioso, embora negado pelos cegos e mal-intencionados, que é o estado de direito. E que nossos ouvidos sejam poupados (este é um pedido especial) da hórrida retórica do "jamais visto neste país", ou "pela primeira vez em quinhentos anos". O Brasil não está aí para ser inaugurado toda hora. Nenhum país está. Achar o contrário é fruto da ilusão, da ignorância ou da má-fé." Roberto Pompeu de Toledo, em Veja
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