terça-feira, dezembro 26, 2006

ITAPEVA: RANKING DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO

Até o ano 2000, Itapeva e todos os municípios com os quais faz divisa eram pintados de vermelho (mapa à esquerda), cor que a Fundação Seade usa para indicar os municípios paulistas com pior qualidade de vida (Grupo 5).

Em 2002, dois municípios limítrofes saíram do vermelho, foram promovidos: Itaí e Paranapanema, porque melhoraram os indicadores econômicos (a renda média) e de saúde. Fizeram bonito: pularam para o Grupo 2, o segundo melhor grupo (os municípios são classificados em 5 grupos).

A Fundação Seade divulgou, na semana passada, os números de 2004: mais um município limítrofe foi promovido. Itaberá subiu para o Grupo 4, porque apresentou bons indicadores na área de saúde (mortalidade infantil etc).

O mapa seguinte, com os dados de 2004, mostra que a região está começando a ficar "colorida". Estamos deixando de ficar vermelho com os vergonhosos indicadores sociais. Vários municípios, embora ainda pobres (renda média baixa), estão melhorando sensivelmente os serviços de saúde e educação. Beleza! Beleza!


Infelizmente, Itapeva continuou no último grupo. Por quê?

Porque os indicadores de saúde e escolaridade deixaram a desejar. "Os níveis de mortalidade da maioria dos municípios decresceram, porém, em alguns deles as taxas de mortalidade infantil permaneceram muito elevadas (superiores a 30,0 óbitos por mil nascidos vivos), como em Ribeira, Nova Campina, Riversul e Itapeva" (pg. 5 do Relatório da Seade)

Itapeva está aquém da média estadual nas três dimensões: riqueza, longevidade e escolaridade. As três colunas representam os anos de 2000, 2002 e 2004. A linha azul acima das colunas representa a média do Estado.

O ranking da SEADE é baseado no IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Social. É semelhante ao IDH-Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU. Foram feitas adaptações para captar mais fielmente o desempenho das administrações municipais.

Leva em consideração dados objetivos: RIQUEZA (renda média etc); LONGEVIDADE (que reflete as ações de saúde: mortalidade infantil etc); e ESCOLARIDADE (porcentagem de alunos matriculados etc).

Mede, portanto, o desempenho da administração municipal.

O Grupo 2 é o segundo melhor grupo.

O desempenho de Taguaí é digno de nota. Com renda equivalente a 56 % a do Estado, deu show de bola em saúde e escolaridade, com desempenho acima da média do Estado. Indica que a cidada é bem administrada!

A seguir, outros municípios que deram um passo importante. Não obstante a renda média baixa, foram para o Grupo 4, porque melhoraram o serviço de saúde e/ou de educação:

A seguir (tristeza!) a relação dos municípios que ficaram estacionados no vermelho, no Grupo 5, não apresentando evolução, pelo menos até 2004.

Repare que alguns têm renda média maior, e mesmo assim estão perdendo para munícípios mais pobres (hummmm!), o que sugere problemas político-administrativos. Certamente que tais municípios deveriam rever (se ainda não o fizeram) o modo de governar. É bem esse mesmo o objetivo da divulgação do ranking: para que comunidade e autoridades conheçam seus pontos fracos e fortes, e tracem as estratégias necessárias.

Em Itapeva, no primeiro ano do governo Cavani (2005), o índice de mortalidade infantil caiu, algumas medidas administrativas indicadas estão sendo implantadas. É de se esperar, portanto, que a posição do município melhore nas próximas versões (até porque a atual posição (baixa) é incompatível com o ítem riqueza (médio) do município).

Fonte: FUNDAÇÃO SEADE

NOTA: A grande vantagem da democracia é a população, bem informada, poder cobrar e influir nas decisões do governo. O objetivo da Fundação Seade (e da Assembléia Legislativa de São Paulo, que patrocina o IPRS) é mesmo dar transparência do desempenho das administrações municipais. Divulgar os pontos fortes e fracos de cada município.

O ideal seria que cada prefeitura, que cada câmara municipal levantasse todos os dados do município, taxas de matrícula escolar, índices de mortalidade por idade etc, e discutisse propostas de solução com a comunidade.

Certamente muitos políticos vão divulgar os pontos fortes e esconder (ou negar!) os pontos fracos. É do costume - e contam com desinformação da população.

Daí que solicito aos leitores o favor de divulgarem este post, o link da Fundação etc, para que população e autoridades (!) tomem conhecimento deste importante trabalho da Fundação. Desde já agradeço.

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