quarta-feira, setembro 26, 2007

Lucros no campo, inflação nas cidades
Alex Ribeiro, Valor Econômico

Economistas de dentro e de fora do governo travam um interessante debate sobre como o Banco Central deve reagir à recente inflação dos alimentos. A quebra de safra de produtos agrícolas na Oceania e a febre da produção de etanol nos Estados Unidos puxaram as cotações internacionais. Os efeitos no Brasil podem ser assim descritos:

1) Os fazendeiros do Sul e do Centro-Oeste exportam mais, aumentam os salários dos trabalhadores rurais e ampliam as encomendas de insumos e de máquinas agrícolas. Todos consomem como nunca, ampliando as pressões inflacionárias.

2) Os trabalhadores urbanos, sobretudo os de baixa renda, sofrem com a alta dos preços dos alimentos e reduzem o consumo. Ajudam, dessa forma, a conter a inflação.

A questão: qual desses movimentos é mais forte? A queda no consumo das massas urbanas será capaz de compensar a pressão inflacionária no campo? Ou a prosperidade agrícola é dominante, exigindo vigilância da política monetária?
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