quinta-feira, dezembro 27, 2007

COMIDA MAIS CARA

Panorama Econômico - Debora Thome - O Globo

Os preços dos alimentos foram às alturas em 2007; aqui e lá fora. Resultado de vários fatores: mais gente consumindo no mundo, Estados Unidos usando suas terras para plantar combustível, quebras de safra. Para o Brasil, a alta é boa por um lado, porque somos grandes exportadores de alimentos. Por outro lado, esses aumentos acabam pressionando os preços também internamente. Para o próximo ano, caso o ritmo de crescimento mundial diminua mesmo, a expectativa é de preços de commodities um pouco mais controlados.

Ainda assim, é pouco provável que os preços dos alimentos voltem a patamares mais baixos dos anos 90. O mundo hoje é bem diferente. Só para citar o exemplo mais eloqüente, uma massa de chineses e indianos está passando a consumir itens que não faziam parte de sua dieta alimentar.

A América Latina - sobretudo por causa do Brasil - é um grande fornecedor de alimentos do mundo. Portanto, a Cepal está atenta a este movimento. Eles acreditam que os preços das commodities agrícolas devem permanecer altos mesmo que o ritmo de crescimento internacional seja menor em 2008, por causa da demanda crescente.

Fabio Silveira, da RC Consultores, acha que vai depender muito de como os Estados Unidos estarão. Se a crise externa não se aprofundar, o preço internacional dos alimentos deve crescer menos que este ano, em torno dos 10%. O que ele não prevê são grandes quedas - principalmente para milho, soja e trigo -, pois o quadro é de mais escassez. Um cenário possível é de as commodities agrícolas começarem o ano subindo e depois caírem. No final de 2008, algumas poderão estar com preço menor que em 2007.

Grande parte das exportações brasileiras é de commodities agrícolas. A alta nos preços ajudou a balança comercial nos últimos anos.

- As exportações devem perder um pouco de preço. O dólar mais baixo vinha sendo compensado pelo preço, e isso não deve mais acontecer - afirma Fabio Silveira.

Por outro lado, caso os preços internacionais dos alimentos não subam tanto em 2008, isso também terá um efeito bom para o Brasil. Este ano, o item alimentação foi o que mais pressionou a inflação. Não apenas por causa dessas altas internacionais, mas por problemas climáticos locais. No IPCA-15, por exemplo, fechou com alta de 10%.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Olha sou leitor de seu blog a muito tempo...meus parabéns pelas posições e comentarios. Mas lhe pergunto: porque não falar mais dos problemas de Itapeva? Exemplo: Secretário de esportes tem uma relação promiscua do legal com o ilegal e porque ninguém faz nada?
Estou curioso pra saber o que faria o prefeito se um dia o secretário fosse parar na cadeia?

12:36 PM  

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