quinta-feira, dezembro 20, 2007

Desunidade de comando
Editorial, O Estado de S. Paulo

Um princípio elementar de administração é a chamada unidade de comando. Superada a fase prévia do processo de tomada de decisões - durante a qual as divergências são bem-vindas porque abrem o leque de alternativas - e feita a escolha da direção a seguir, a execução do que foi decidido deve ser firme, não comportando ambigüidades. O rumo é um só. Isso vale para os governos, para o maestro diante da orquestra, para o técnico de futebol: dada a voz de comando, não cabem mais divergências. Justiça se faça, no primeiro mandato do presidente Lula, se prevaleceu uma certa unidade de comando no campo essencial da política econômica - a partir do reconhecimento explícito dos avanços obtidos no governo anterior -, deveu-se ela às características de atuação e liderança do ex-ministro Antonio Palocci, antes que se descobrissem seus demônios internos. Mas de lá para cá,
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É por isso que a divisão democrática do poder dá resultado e faz tanto sucesso mundo afora.
Várias cabeças - Legislativo - discutem e tomam uma decisão.
Tomada a decisão, cabe ao prefeito, governador, presidente - Executivo - colocá-la em prática, ou seja, executar.
Mas a "democracia" brasileira é diferente. O Executivo, todo poderoso, decide. E o Legislativo diz amém. Até quando?
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