segunda-feira, janeiro 21, 2008

GOVERNO SABIA DO RISCO DE FEBRE AMARELA. HÁ CADA PERÍODO DE 5 A 7 ANOS MACACOS SÃO ATACADOS

(...)Artigo escrito pela analista ambiental, Lilian Ferreira de Sousa, do Instituto Brasiliero do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) explica que "o macaco é o sentinela, um guardião da saúde humana. É ele que vai sinalizar como a doença está se comportando no ambiente silvestre, se há o risco de contaminação dos seres humanos. Não há contaminação direta do macaco para o ser humano".

A nova epizootia começou no período previsto, exatos sete anos após a última mortandade de macacos, conforme reconhece nota técnica assinada pelo Ministério da Saúde, com data de 9 de janeiro. "A partir do mês de abril de 2007, o sistema de vigilância de febre amarela tem identificado uma intensificação na ocorrência de epizootias em primatas não-humanos em estados considerados de risco para a circulação do vírus da febre amarela", destaca o documento.

Em entrevista ao Correio na semana passada, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu que as epizootias são esperadas em determinados anos. "Há um ciclo da natureza, que pode levar de cinco a sete anos. E quando o homem entra na área de risco nesse período, não estando vacinado, ele corre um risco maior de se infectar. E foi isso que aconteceu. Isso tem a ver com a dinâmica da circulação do vírus", explicou o ministro da Saúde.

O epidemiologista Pedro Tauil, especialista em doenças tropicais da Universidade de Brasília (UnB), garante que os ciclos podem ser previstos. "A cada período de cinco a sete anos, há um aumento na circulação do vírus entre macacos", explica. "Depois de uma epizootia, os macacos infectados sobreviventes ficam com anticorpos e protegidos. Com o surgimento de novas gerações, há um acúmulo de macacos suscetíveis à infecção, pois nasceram depois da última epizootia e estão sem anticorpos.
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