sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Quem avisou, amigo foi
Dora Kramer, O Estado de S. Paulo

A Comissão de Ética Pública bem que tentou avisar o presidente da República e evitar mais um problema de desvio de conduta entre seus auxiliares. Há meses pondera, em vão e ao custo de desmoralização pública, que existe potencial conflito de interesses no fato de um ministro ser ao mesmo tempo presidente de um partido.

Poderia se comportar com isenção, mas poderia também não resistir à tentação de, de alguma forma, usar dos instrumentos do cargo para favorecer a sua agremiação. Mais riscos potenciais existiriam se, como no caso de Carlos Lupi, o ministro estivesse no posto não por qualificação específica, mas por ser presidente do partido integrante da coalizão de governo.

Claro como a água limpa das nascentes. Este, porém, não foi o entendimento do ministro, de seu partido, das centrais sindicais, e até da Advocacia-Geral da União, posta no problema de forma indevida, já que a questão não é legal, é ética.
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