sexta-feira, outubro 31, 2008

Olá,

Estava com saudade de vocês. Abaixo o clipping de sexta.
CLIPPING DE SEXTA (31) -
-1) REDE PRÓ-BRASIL (principais matérias de jornais e revistas)-
-2) ANABB (dias úteis)-
-3) ASCOM/MIN.DO PLANEJAMENTO (dias úteis)-
-4) SELEÇÃO NOTÍCIAS/MIN. EXTERIOR (todo dia, inclusive feriados)-
-5) RESENHA ELETRÔNICA / MIN. FAZENDA (dias úteis)-

domingo, outubro 26, 2008

CARÍSSIMOS

Por uns dias, terei pouco tempo para o blog. Abração.

sábado, outubro 25, 2008

Datafolha e Ibope dão 60% a Kassab e 40% a Marta
Saíram do forno as últimas pesquisas Datafolha e Ibope para a eleição de prefeito de São Paulo. O placar das duas é igual: 60% dos votos válidos para Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, 40% para Marta Suplicy, candidata do PT.
Votos válidos são os que sobram do total de votos, descontados os nulos, brancos e indecisos. (Blog do Noblat)
Feijão: preço bom em plena crise

Tânia Rabello - O Estado de S.Paulo
Num cenário de commodities em baixa, como soja, milho, trigo e algodão, os agricultores que apostaram no cultivo de feijão irrigado, cuja colheita começa agora e se estende até novembro, esperam preços compensadores e por isso aumentaram a área plantada.
Só no sudoeste paulista, na região de Itaberá e Itapeva, a maior produtora de feijão no Estado, a área plantada saltou de 25 mil hectares para 40 mil hectares, um aumento de 60%, diz o agrônomo do Escritório de Desenvolvimento Rural de Itapeva, Vandir Daniel da Silva.

Em termos nacionais, a intenção de plantio na safra das águas também reflete a esperança do produtor na leguminosa: a área de feijão da primeira safra, a principal das três que são colhidas ao longo do ano, está estimada entre 1,43 milhão e 1,47 milhão de hectares, o que configura um crescimento de 8,6% e 11,6%, respectivamente, em relação à safra passada, segundo levantamento de outubro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). MAIS
Ministério Público apura irregularidades nas eleições do Conselho Tutelar: compra de votos etc

Folha do Sul, por Juliana Oliveira:

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) aguarda a apuração do Ministério Público sobre as possíveis irregularidades registradas no dia das eleições do Conselho Tutelar de Itapeva. Entre as irregularidades estariam compra de votos, além de transporte ilegal de eleitores. As eleições ocorreram no sábado (18), na escola Acácio Piedade. Mais de 4 mil eleitores compareceram, porém foram considerados 3.642 votos válidos, já que alguns eleitores não estavam portando os documentos necessários. Segundo Rodney Lester Abud, presidente do CMDCA, a Promotoria da Infância e da Juventude acompanhou toda a eleição e pode constatar in loco algumas dessas práticas. “Esperamos que apuração seja rigorosa”, diz. Sem citar nomes, ele afirma que se forem comprovadas as irregularidades, os eleitos serão impugnados.

--O CMDCA de Itapeva não hesitará em impugnar candidato que comprovadamente tenha se utilizado desses meios. A experiência mostra que a pessoa que viola as regras da eleição de forma deliberada jamais estará apta a zelar pelo bem estar de crianças e adolescentes em situação de risco, assegura Abud. MAIS:
http://www.folhadosul.com.br/showNews.php?id=965&type=1

***
A que ponto chegamos. Aparelhar conselho que cuida de crianças e adolescentes... Não é o fim da picada? E por quem? Pelos políticos. Vereadores. Secretários municipais! Boa parte dos eleitos são filhos, irmãos, sobrinhos de políticos, secretários municipais, que decerto deram o sangue para eleger seus protegidos. Sabe como é, estão fazendo "investimento" para a próxima eleição municipal. Que coisa mais vergonhosa!
Dr. Rodney é gente séria. Não merecia isso.
DEMOCRACIA É:

-Alternância no poder
-Alternância na oposição.

As boas democracias são boas justamente porque respeitam o tripé da boa administração:

-PLANEJAMENTO - EXECUÇÃO - FISCALIZAÇÃO/CONTROLE.

Acordos para acabar com a fiscalização? É chute no saco da democracia. E ponta-pé no controle do dinheiro público. É pouco-caso com o contribuinte.
QUEBRANDO A FISCALIZAÇÃO
No Ita News de ontem, Takeyuti Y. Filho fala de negociações para "reforço da base do prefeito na Câmara" (a base já conta com 6 dos 10 vereadores). O colunista informa que emissário do prefeito ofereceu uma secretaria para um vereador eleito pela oposição, que a recusou.
QUEBRANDO A FISCALIZAÇÃO
Em vez de se comportar como manda o figurino, o PT, vejam só, quer é acabar com Tribunal de Contas da União. Tadinho, o partido se sente perseguido pelo Tribunal, que não pára de apontar um escândalo atrás do outro.
Eta povo cara-de-pau!
CLIPPING DE SÁBADO (25) -
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sexta-feira, outubro 24, 2008

Coluna Cutucando, do SPC, no Ita News de hoje

Estou à venda

Sei que é muita pretensão minha querer que um prefeito ajuizado, como doutor Luiz, faça oferta de emprego para um cidadão com mais de setenta (porém, com ótima saúde), um caipira metido com apenas o primeiro-grau, mas bem-intencionado (como aqueles que lotam o Inferno). Sei da cotação do mercado para quem quer se vender, mas sou modesto, me contento só com uma secretaria, dessas de ficção, como a de Emprego e Renda, Meio-ambiente, Indústria/Comércio, Planejamento, Esporte ou alguma outra que o prefeito tenha disponível para fins políticos. Na minha secretaria, porém, não faço questão de ter como auxiliares garotas bonitas, descoladas, (muito menos garotos), pois sou do tempo em que o chefe da repartição respeitava as secretárias e não se envolvia com elas. Portanto, só quero que me deixem viver sossegado, sem amolação de ter que prestar contas do que faço ao prefeito, nem a vereadores, não quero criar atritos com colegas, afinal, corporativismo é bom e todo mundo gosta. Que tal, prefeito? Topas?

Mais um jornalista do prefeito

Como secretário “qualquer coisa”, posso ser aproveitado como jornalista pelo prefeito Cavani para ajudar nas suas aspirações políticas. Pois a se acreditar nos comentários que correm à boca frouxa, ele vai se afastar da Prefeitura, após dois anos, deixar a máquina sob os cuidados do doutor Ulysses e se lançar candidato a deputado federal numa dobradinha com...tchan-tcham-tcham-tcham...Vocês sabem com quem, até as pedras da rua sabem. Pois, então. Aí que entra este escriba comprado por pechincha. Ah, quase que me esquecia de dizer: não aceito ser RPA (funcionário “fantasma”). Eleger doutor Luiz deputado vai ser mamão com açúcar. Viva nosso querido prefeito!

Tarzan, o papudo

“Me considero um privilegiado, porque sou o único candidato que se elegeu sem pedir votos” – disse o vereador Tarzan à imprensa. O nobre vereador como sempre papudo, ele aprendeu a roncar papo com certo ex-prefeito que ele apoiou por oito anos na Câmara, aprovando todas as contas dele (rejeitadas pelo TCE), além de fazer de tudo para impedir a CEI do Fundef (criada por seu agora aliado Paulo de la Rua), que descobriu o desvio de milhões de reais da Educação em Itapeva. Na ocasião, o relatório da CEI, assinado pela vereadora Áurea Rosa, apontou falcatruas de milhões de reais em que fornecedores usavam “notas frias” de empresas fantasmas e funcionários venais que se locupletaram descaradamente na Prefeitura, tudo na maior tranqüilidade. E o Tarzan, líder do prefeito na ocasião, não viu nada (?). Na época a Câmara tinha 19 vereadores, sendo 5 da “oposição”, que também não viram nada. E o Tarzan foi reeleito por aqueles que também não sabem de nada, se lessem jornal saberiam com certeza. Hoje o relatório da CEI repousa nalguma prateleira de aço do Ministério Público. Pobre Itapeva.

Ajuda-me que te ajudarei - disse ele...

Os dez candidatos do PSDC que não tiveram um único voto deviam perguntar ao vereador Tarzan o que ele fez para ser eleito sem pedir votos. A propósito, recebi denúncias, via internet (os remetentes não se identificaram), de que os candidatos do PSDC, cujo presidente é genro do Tarzan, trabalharam foi na campanha do vereador, por isso não foi preciso o Tarzan ir atrás de eleitor. Pergunta: será mera coincidência o fato desses “candidatos” sem voto serem funcionários públicos municipais e licenciados de acordo com a Lei Complementar n. 64/90 –art. 1o, inciso II, alínea “1”? Então, como é que eles não votaram nem neles mesmos? Estranho! Será uma maracutaia?

Tenho em mãos (para quem quiser ver) caso semelhante ocorrido no município de Vila das Flores/RS, julgado pelo juiz Paulo Meneghetti da 1a Câmara Cível do TJRS, cujo relator foi o desembargador Luiz Felipe Silveira Difini. Foi o caso de dois irmãos, funcionários da Prefeitura, que se licenciaram para ser candidatos a vereador, mas um deles trabalhou para o outro e não teve nenhum voto. O Ministério Público entrou com Ação Civil Pública e como o funcionário era concursado foi demitido sem direito a nada e teve de devolver tudo o que ganhou durante a campanha. E ainda perdeu os direitos políticos por oito anos. Será este o caso de Itapeva? Doutor Promotor com a palavra.
CLIPPING DE SEXTA (24) -
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quarta-feira, outubro 22, 2008

TRANSPARÊNCIA QUE É BOM...

O chamado Portal Transparência da prefeitura está vazio da silva. Nem mais os boletins de caixa. Por que será?
TRANSPARÊNCIA QUE É BOM...

A Câmara retirou de seu site os balalancetes mensais. Por que será?
Entidade oferece curso de informática para cegos
É uma oportunidade de crescimento, de conquistar um emprego e desempenhar a função tão bem quanto qualquer outra pessoa
O sonho de muitos deficientes visuais é a oportunidade de crescimento, de conquistar um emprego e desempenhar a função tão bem quanto qualquer outra pessoa. Uma entidade de Itapeva oferece, gratuitamente, cursos que ensinam cegos a usar o computador. Com a facilidade oferecida pelo mundo digital, a chance de conseguir um emprego aumenta e o futuro se torna promissor.

Nas aulas, os alunos aprendem tarefas como digitar, ler textos no computador e mandar e-mails. Para isso, contam com programas específicos para deficientes visuais, que reproduzem nas caixas de som ou fones de ouvido tudo o que é digitado.

Gelson Inácio dos Santos é deficiente visual desde bebê. Há cinco anos, o professor, formado em sistemas de informação, dá aulas de informática para pessoas com dificuldades semelhantes às dele. Gislene Amaral de Aquino é cega. A professora de música se inscreveu no curso para aprender a leitura de partituras com a ajuda do computador. Letícia Fernanda Tomaz é cega desde que nasceu e acredita que aprender informática é um passo importante para sua independência.

O presidente de uma entidade que atende cegos de Itapeva, Associação Luz da Visão, Wainer Gemigniani, afirma que, com a cota de deficientes no mercado de trabalho, determinada por uma lei federal, as empresas da cidade necessitam desse tipo de mão-de-obra. O que pode ser uma oportunidade para os deficientes visuais.

Quem estiver interessado pelo curso basta ligar para o Senai de Itapeva. O telefone é o (15) 3522-0055. O curso é de graça. Mas, para se inscrever, é preciso ter mais de 14 anos. (TV TEM)
CLIPPING DE QUARTA (22) -
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terça-feira, outubro 21, 2008

ITABERÁ - Trabalhadores rurais trocam lavoura por indústrias
Quem faz a mudança, busca qualidade de vida e melhores oportunidades no futuro
Os trabalhadores rurais de Itaberá estão trocando a lavoura pelo emprego nas indústrias de confecções. Quem faz a mudança, busca qualidade de vida e melhores oportunidades no futuro. Jocelina Marcelina dos Santos trabalhou onze anos no campo e, há pouco mais de um mês, conseguiu um emprego em uma confecção. Mudança que trouxe qualidade de vida à funcionária.

Itaberá tem onze indústrias de confecção que movimentam aproximadamente R$ 170 mil por mês. Atualmente, o setor emprega uma média de quinhentas pessoas. Destas, cerca de 40% eram trabalhadores rurais, segundo dados da Associação Comercial e Empresarial da cidade. Para conseguir uma vaga, muitos funcionários fizeram curso de capacitação para aprender a costurar. A atividade é gratuita e tem a duração de cinco meses.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaberá, José Mariano de Oliveira diz que a migração é composta por jovens que mudam pra cidade em busca de estudo e trabalho. Segundo o Sindicato, com o aumento da migração, está faltando mão-de-obra no campo, principalmente para a colheita de laranja e cana.

Quem estiver interessado em fazer o curso de costura, deve procurar a Associação Assistencial Meimei, em Itaberá, que fica na Rua Itaporanga, 124, no jardim São Pedro. O telefone é (15) 3562-1357.
PGR entra com reclamação no STF contra nepotismo no Senado

Quatro itens da medida do Senado estão em desacordo com a súmula.Procurador pede que STF reconheça que ato do Senado é uma ‘afronta’. MAIS

E na terrinha, as esposas e outros parentes de vereador nomeados para trabalhar na prefeitura?
Estímulo ao voto
Comenta-se, no Bairro dos Pintos, área rural de Itapeva, que quase a metade dos 300 eleitores da urna de lá foram "contratados" por vereadores por 20 a 30 reais para "trabalhar" no dia da eleição.
Faz falta um ministro da Fazenda

Editorial, O Estado de S. Paulo
*As pessoas sensatas não são gratuitamente pessimistas, como dá a entender o ministro. Também não torcem contra o governo nem contra o Brasil, como insiste em dizer, em seus destemperos demagógicos, o presidente da República.

O Brasil precisa com urgência de um ministro da Fazenda. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispensou esse auxílio nos últimos dois anos e meio, desde a substituição do ministro Antonio Palocci. Pôde fazê-lo porque as condições da economia global eram muito favoráveis, o dinamismo interno permitia ao Tesouro uma arrecadação crescente e o Banco Central (BC), agindo com autonomia de fato, embora não de direito, manteve a inflação controlada. Mas o cenário mudou. Hoje, os brasileiros precisam tanto de um executivo de fato na área fiscal quanto de um presidente disposto a levar a sério a crise global e suas conseqüências para o País. O presidente agora parece, embora com certa relutância, reconhecer algum risco para o Brasil. Se americanos e europeus importarem menos, os problemas, admitiu, poderão chegar até aqui.

Mas não basta esse reconhecimento, assim como não basta sua crença, quase mística, no imenso poder do mercado interno. Se a economia crescer menos do que os 4,5% previstos na proposta orçamentária, a arrecadação poderá ficar abaixo do valor previsto. Uma inflação maior poderá contrabalançar esse efeito, pelo menos em parte, contribuindo para abastecer o Tesouro. Mas essa hipótese não dispensa o governo de refazer suas contas e de repensar a programação financeira para 2009. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu numa entrevista ao Estado a hipótese de uma revisão. O relator-geral do projeto de orçamento, senador Delcídio Amaral (PT-MS), foi além: chamou a atenção para a conveniência de cortes no gasto programado, de preferência no custeio, e teve a iniciativa de completar suas informações e sua avaliação do quadro com uma visita ao presidente do BC.

Já o ministro da Fazenda insiste na exibição de otimismo, como se nada muito preocupante ocorresse no mundo. "Não estamos a salvo, mas ainda não vejo necessidade de revermos projeções", disse o ministro numa entrevista à Folha de S.Paulo. Segundo ele, a provável desaceleração do crescimento econômico - de cerca de 6% para 4% em 2009 - já era esperada antes da crise. Isto é, para ele, se essa diminuição já era esperada antes da crise, a atual mudança no cenário global não faz diferença. O que é um absurdo.

Nessa entrevista, como em várias outras, o ministro Mantega insistiu na repetição de algumas noções e de alguns dados bem conhecidos: o País tem reservas cambiais, está mais preparado para um choque externo, o grande problema imediato é a falta de liquidez e medidas estão sendo tomadas para eliminar esse inconveniente.

Toda essa conversa, nesta altura, apenas comprova a desproporção entre os novos desafios e as qualificações do ocupante do Ministério da Fazenda para enfrentá-los. Para começar, há um contraste clamoroso entre as preocupações demonstradas pelo ministro Paulo Bernardo e pelo senador Delcídio Amaral e a atitude quase debochada do ministro Mantega em face do cenário de riscos para o Brasil.

Em vez de advertir o presidente de que ele erra ao atribuir ao mercado interno poderes quase mágicos, ele endossa o erro. O Brasil já tem um buraco na conta corrente do balanço de pagamentos. Esse buraco poderá aumentar perigosamente se a demanda interna crescer com vigor, em 2009, e o descompasso entre exportações e importações aumentar.

Certo está o BC ao prover financiamento para os exportadores. Certo estaria o resto do governo, se estudasse como conciliar algum crescimento interno com a preservação da solidez do balanço de pagamentos. As pessoas sensatas não são gratuitamente pessimistas, como dá a entender o ministro. Também não torcem contra o governo nem contra o Brasil, como insiste em dizer, em seus destemperos demagógicos, o presidente da República.

"Sou corintiano e keynesiano desde criancinha", disse Mantega na entrevista citada. Keynesianismo não quer dizer irresponsabilidade, nem leniência inflacionária, nem negligência diante dos sinais de perigo. São essas, no entanto, as atitudes costumeiramente exibidas pelo atual ocupante da Fazenda. Pior que isso: são atitudes cada vez mais valorizadas, na administração federal, desde o afastamento do ministro Palocci. Na ausência dele, sobraram como defensores da sensatez, no primeiro escalão, o ministro do Planejamento e o presidente do BC. Isso não basta para um país ameaçado por uma crise externa de grandes proporções.
CLIPPING DE TERÇA (21) -
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segunda-feira, outubro 20, 2008

Portal dos Convêncios fiscalizará R$ 35 bi em convênios
Transferências da União a municípios poderão ser controladas pela internet

Estadão
Os prefeitos eleitos em 2008 assumirão o mandato com uma novidade que vai mudar a maneira de receber e gastar os recursos dos convênios assinados com o Palácio do Planalto e ministérios - que neste ano somaram uma bolada de R$ 35 bilhões, dinheiro reservado no Orçamento Geral da União para as chamadas transferências voluntárias de recursos federais. O Planalto aproveitou o período eleitoral, quando as transferências são proibidas por lei, e pôs na internet o Portal dos Convênios, um sistema que permite o acompanhamento da trajetória do dinheiro.

Além dos municípios, os repasses também são feitos - sempre por convênio - para Estados e organizações não-governamentais (ONGs). A primeira e mais radical das mudanças vai incomodar os prefeitos que costumam sacar os recursos na boca do caixa. Pelas novas regras, em uma obra feita com verba federal, a prefeitura não terá mais acesso direto ao dinheiro. Cada convênio passará a ter uma conta específica em um banco oficial (Banco do Brasil, por exemplo) e os pagamentos serão feitos pelos ministérios diretamente aos fornecedores.

As empresas que receberem os pagamentos via convênios farão parte de um grande cadastro federal e terão seus dados cruzados com outras bases de dados, como da Receita Federal e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O portal, que funciona da mesma maneira que o sistema informatizado de controle dos empenhos e saques da União, o Siafi, põe fim à política do "jeitinho", que permite o estabelecimento de convênios com prefeituras em situação irregular. Permitirá identificar mais facilmente empresas fantasmas, criadas apenas para receber dinheiro desviado das prefeituras.

Tecnicamente, o novo Sistema de Convênios (Siconv) está no ar e atingirá os acordos firmados desde 1º de setembro, já com controle muito mais rigoroso e informatizado, em que as etapas de execução dos convênios são detalhadas com prestação de contas em tempo real.

As cifras envolvidas e a transparência exigida pela sociedade depois de sucessivos escândalos e comissões parlamentares de inquérito (CPIs) no Congresso explicam a criação do novo sistema.

O volume de transferências da União equivale ao total de gastos com todas as compras do governo (R$ 34,5 bilhões em 2007), da merenda escolar às usinas termelétricas, passando pelos remédios, equipamentos médicos e hospitalares que alimentam o sistema público de saúde do País.

"Vai ser uma revolução na política brasileira", avaliou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "Até hoje, não tínhamos um sistema que permitisse boa visibilidade do uso das verbas dos convênios, boa parte deles fruto de emendas de parlamentares ao Orçamento."

ACESSO

Qualquer cidadão poderá acessar o portal e verificar a execução de obras, a contratação de serviços e a prestação de contas. Quem identificar irregularidades terá espaço para denunciá-las, também on line.

Esquemas para fraudar licitações, como o da máfia das ambulâncias, desbaratado em 2006 pela Polícia Federal, serão mais facilmente detectados. A liberação de verbas ficará condicionada a uma prestação de contas em que não bastará juntar notas fiscais. Terá de provar que o programa é executado - podendo, por exemplo, colocar no portal fotos que mostrem as obras.

Além das resistências, há dificuldades para adotar o portal em pequenos municípios. O Ministério da Integração Nacional quer que a adoção do sistema seja adiada para 2009, a fim de evitar uma pane nas transferências neste fim de ano.
Falta de crédito frustra plano de safra
Editorial, O Estado de S. Paulo

A escassez de crédito deve frustrar as expectativas do governo de bater mais um recorde de produção de alimentos no ano que vem. A safra 2008/2009 de arroz, feijão, soja, milho, algodão e outros grãos, que começa a ser plantada no Centro-Sul do País, está projetada em 144,55 milhões de toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) feita no início deste mês.
Nas últimas semanas, com o freio nos financiamentos para a compra de insumos essenciais para o plantio, como fertilizantes e defensivos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) já vê risco de queda de, no mínimo, 5% nos volumes em relação ao que projetado. Isso significa 7,2 milhões de toneladas de grãos a menos na oferta doméstica e nas exportações e um recuo de 4,5% em relação à safra 2007/2008, que atingiu o recorde de 143,8 milhões de toneladas. Se a safra 2008/2009 for menor que a anterior, será a primeira queda em volume em três anos. MAIS
Formação de professores
Editorial, O Estado de S. Paulo

A escassez de professores com diploma superior, especialmente em disciplinas como matemática, física, química, biologia e história, sempre foi um dos obstáculos para se elevar a qualidade da rede escolar pública de ensino fundamental, que hoje tem 33 milhões de alunos matriculados. Segundo estimativas do Ministério da Educação (MEC), 40% do 1,6 milhão de professores que atuam nas escolas brasileiras não cursou uma universidade.

Desde o início da década de 90, a União ampliou significamente os investimentos no ensino fundamental, o que acabou com o déficit de vagas nas escolas municipais e estaduais. Vencida a etapa da universalização desse nível de ensino, o desafio, agora, é o da revolução qualitativa do sistema educacional, condição necessária para oferecer melhor formação às novas gerações. Quando são bem alfabetizados, os alunos têm maior facilidade para aprender à medida que avançam no sistema educacional, o que tende a aumentar suas oportunidades no mercado de trabalho.
MAIS
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domingo, outubro 19, 2008

CLIPPING DE DOMINGO (19) -
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sábado, outubro 18, 2008

RELIGIÃO NÃO PRECISA CONVENCER
Dawkins: Por que a nossa sociedade aquiesceu de maneira tão cordata na conveniente ficção de que as visões religiosas têm alguma espécie de direito automático e induscutível a uma posição respeitável? Se eu quiser que alguém respeite meus pontos de vista sobre política, ciência ou arte, terei que conquistar esse respeito por meio da argumentação, da justificação, da eloqüência ou do conhecimento relevante. Terei que resistir a contra-argumentos. Mas se eu sustentar uma visão que é inerente à minha religião, os críticos respeitosamente sairão nas pontas dos pés ou então terão que enfrentar a indignação de boa parte da sociedade. Por que nós temos que respeitá-las pela simples razão de que elas são religiosas?
CHEGA DE MOLEZA
Coluna do SPC, no Ita News de sexta, trecho:
O problema de secretário mal-sucedido na atividade privada é que ele leva para sua pasta os mesmos defeitos de gestão que o fizeram fracassar: não tem planejamento, é demais tolerante com auxiliares relapsos, não tem disciplina, dorme demais.
Pergunta cretina: será que alguém conhece algum cidadão/secretário mal-sucedido na vida que esteja hoje sob as asas protetores do poder municipal?
Tem nada não, sem preconceito, mas se o cidadão não teve competência para gerir a própria vida (ou negócio) dificilmente ele vai ter competência para gerir a coisa pública. , não?
CABOS ELEITORAIS INEFICIENTES
"Em Itararé, o prefeito João Fadel (PSDB) demitiu nessa semana cerca de 300 servidores municipais." (Folha do Sul)
(Nota do blog: a candidata do prefeito perdeu a eleição)
MEU GAROTO
"Luiz Cavani tem recebido pedidos de prefeitos recém-eleitos para dar uma "mãozinha", com dicas de sua receita de sucesso." (Folha do Sul de hoje)
Audiência pública reúne empresários do ramo da serraria, em Itapeva, grande produtor de madeira
O objetivo foi debater a adoção de medidas que possibilitem um ambiente de trabalho mais seguro
Uma audiência pública reuniu trezentos empresários do ramo de serraria em Itapeva. O objetivo foi debater a adoção de medidas que possibilitem um ambiente de trabalho mais seguro aos funcionários. Estatísticas do Ministério do Trabalho da região mostram que 18 % dos acidentes de trabalho de maior gravidade acontecem nesses locais.

Empresários de Itapeva, Bauru, Sorocaba e Marília estiveram reunidos para receber orientações. Em foco estava a legislação trabalhista e as normas de saúde e segurança. Funcionários do Ministério do Trabalho da região fiscalizaram livros de registro e contribuição sindical das empresas.

A região de Itapeva é uma das maiores produtoras de madeira do estado, com aproximadamente trezentas empresas no setor. De acordo com estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego da região, 18 % dos acidentes de maior gravidade registrados acontecem em serrarias. 274 empresas foram notificadas e terão sessenta dias para cumprirem as normas regulamentadoras. Quem não se adequar, estará sujeito a multas.(TV TEM)
RÁDIO DA PATROA
"Os dirigentes das emissoras radiofônicas locais deveriam refletir (...) Não noticiar os resultados das eleições de Itapeva foi mais um tiro no pé. A pergunta: se os resultados tivessem sido outros, seria esta a postura das emissoras do alto da Cafelândia?" (David Panis, na Folha do Sul de hoje)
(Nota do blog: as rádios são de propriedade da família de Terezinha da Paulina (DEM), candidata a prefeito derrotada.)
AMIGOS DO REI
"Eu, ao contrário, fiquei feliz porque o prefeito me chamou de Ju na hora de dizer tchau. E desde então fico pensando que se ele me chamou de Ju é porque vai com a minha cara."
(Jornalista Juliana Oliveira, na Folha do Sul de hoje, comentando sobre "um jornal de certa circulação municipal" que se sentiu humilhado pelo prefeito em entrevista coletiva)
CLIPPING DE SÁBADO (18) -
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sexta-feira, outubro 17, 2008

SUPER-PREFEITO
O slogan NÃO VOU ROUBAR continua de pé, pois eu não vou roubar e é isso que dói nesses políticos. Quero acabar com esse tipo de político não só em Buri, mas na região, já que pretendo ser um parâmetro para todos. (Ú Fonseca, prefeito eleito de Buri (SP), no Ita News de hoje"
Ô prefeito, que tal sair na frente e botar na internet todos os pagamentos efetuados pela prefeitura, tudo muito bem discriminado: quantidade, preço unitário, nome do fornecedor, etc. e tal?
É fácil, barato e o prefeito terá a população, particularmente a imprensa e a oposição, como fiscal no combate ao desperdício! Aí começa a sobrar dinheirro, sucesso garantido!
Cuidado com os aloprados...
Alberto Dines:
"A ameaça de novos surtos de alopramento é concreta. A possibilidade da derrota de candidatos próximos ao governo federal em cidades-chave como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre pode estimular a insensatez, os desvarios e o seu ingrediente mais perigoso: o vale-tudo político.

Convém lembrar que, nesta quinta-feira, um dos mais animados participantes do bafafá que resultou no confronto entre as polícias civil e militar em São Paulo, era o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, presidente da Força Sindical que corre o perigo de perder o mandato por conta de uma sucessão de estrepolias com dinheiro público.

Gente assim, ameaçada de perder as regalias, embarca sem qualquer constrangimento em aventuras e desatinos. Diferentes do Dr. Goebbels não apelam para perguntas insidiosas. Preferem a truculência."
ÍNTEGRA
Kassab continua liderando corrida neste 2º turno, diz Datafolha
Vantagem do candidato do DEM sobre a petista é de 16 pontos porcentuais, segundo pesquisa divulgada nesta 6ª

O prefeito e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, continua na liderança da corrida à Prefeitura de São Paulo neste segundo turno, com 53% das intenções de voto, contra 37%% da candidata do PT, Marta Suplicy, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 17, pela Rede Globo. A vantagem de Kassab sobre Marta é de 16 pontos porcentuais. Os votos em branco ou nulos somam 6% e os indecisos 4%. Na pesquisa anterior, divulgada pelo Datafolha na semana passada, Kassab tinha 54% das intenções de voto e Marta 37%.
ESTADÃO
Blog do Reinaldo:
A PROVA DE QUE ARRUAÇA DA POLÍCIA FOI MANIPULAÇÃO POLÍTICA. E É PAULINHO DA FORÇA, ALIADO DE MARTA, QUEM CONTA TUDO
(...)
PAULINHO LIGA A GREVE À QUESTÃO ELEITORAL
Queria fazer uma proposta a vocês que é a seguinte: nós estamos chegando às vésperas do segundo turno. O chefe de vocês, que é o José Serra, sabe que tem que... (INCOMPREENSÍVEL}... as eleições. A coisa aqui é séria. E sabe que uma greve da Polícia em São Paulo com repercussão nacional - a greve de vocês está causando repercussão nacional... [INCOMPREENSÍVEL]. Ele não dá aumento de salário há 14 anos, e o povo do Brasil não sabe disso. E ele quer ser presidente da República.
PAULINHO LANÇA A IDÉIA DE IR ATÉ O PALÁCIO
A proposta que eu quero fazer aos companheiros é que a semana que vem, na quinta-feira, a gente faça uma passeata saindo do Morumbi, do Estádio do meu time, São Paulo, lógico. [INCOMPREENSÍVEL], corintianos, palmeirenses, santistas convocados... Eu convoco um movimento, sindical, o presidente da CUT que está aqui também candidato. E, na quinta-feira, nós fazemos uma concentração com carro de som, com bandeira, com faixa, no Morumbi. E do Morumbi, nós vamos para a porta do Palácio dos Bandeirantes. Leia mais
NEPOTISMO CRUZADO
Esposas e parentes de vereador nomeados para cargos na prefeitura não é nepotismo cruzado, "ou seja, quando agentes públicos empregam familiares do outro como troca de favor."?
Tá bem claro, não tá?
Em Itapeva, quantas mulheres empregadas?

O PT quer um cadáver para mudar a eleição em SP...

(Valeu, PC)
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quinta-feira, outubro 16, 2008

"No Brasil, reina a sociedade do favor"
Para o professor Roberto Romano, o brasileiro tem dificuldade em perceber a impessoalidade, a universalidade, a publicidade e a transparência dos cargos.
- Se aqueles que produzem a lei ignoram os princípios da Constituição, eles estão não apenas delinquindo, mas também acabando com a fé pública. Leia mais
Lehman Brothers, Marx & Sons.

Demétrio Magnoli, Estadão
Quando o Lehman Brothers entrou em bancarrota, provocando a implosão de Wall Street, os filhos órfãos de Karl Marx começaram a disseminar uma narrativa ideológica da crise que é tão desonesta quanto reacionária.
Essencialmente, eles dizem que o neoliberalismo faliu e que a causa da catástrofe é a desregulamentação do mercado financeiro. Neste mantra, convertido em senso comum, uma mentira factual fica protegida atrás da paliçada conceitual de uma fraude.

O neoliberalismo não faliu porque não existe. A fraude conceitual ampara-se no ocultamento dos dados empíricos. Nos anos 20, tempos do liberalismo, os gastos públicos sociais nos EUA (pensões, educação, saúde e welfare) não alcançavam 5% do PIB. Depois, com o New Deal e os "30 anos gloriosos" do pós-guerra, criou-se o Estado de Bem-Estar e os gastos sociais cresceram até perto da linha de 20% do PIB.
Segundo o teorema histórico que emoldura a noção de neoliberalismo, o Estado de Bem-Estar ruiu sob os golpes hayekianos de Ronald Reagan. Mas - surpresa! - os números contam outra história. A "era Reagan" não provocou contração dos gastos sociais, conseguindo apenas estabilizá-los temporariamente. Hoje, eles ultrapassam os 20% do PIB (veja o gráfico no blog http://www.terra.com.br/economia/blog/iconomia/index.htm
de Gilson Schwartz).
O Estado de Bem-Estar é um fruto da democracia de massas. O neoliberalismo só poderia existir com a restauração da democracia restrita dos tempos do liberalismo, quando o direito de voto era privilégio de uma minoria. Os filhos de Marx não entendem isso porque hostilizam o princípio democrático, que imaginam representar uma invenção "burguesa". Eis o motivo pelo qual suas análises econômicas se chocam com os dados empíricos.

Na hipótese de desabamento de um viaduto condenado por erros de engenharia, deve-se culpar a lei da gravidade? É algo assim que fazem os filhos de Marx quando atribuem o colapso financeiro a uma combinação de ganância com livre mercado. A referência à "ganância" nada diz sobre esta crise específica, pois o imperativo do lucro é um traço estrutural da modernidade capitalista, mas diz muito acerca de um pensamento econômico contaminado pelos dogmas do cristianismo medieval. Quanto à desregulamentação, ela só existe no mundo imaginário dos ideólogos.

O economista Steven Horwitz escreveu uma carta aberta a seus "amigos da esquerda" identificando as diversas regulamentações políticas que incentivaram o tsunami especulativo no mercado imobiliário (o link está no blog de Gilson Schwartz). Ele prova factualmente que o mercado no qual se armou a tragédia nada tem de liberal, articulando-se sobre uma teia de regras, emanadas do Executivo e do Congresso, que pavimentaram o caminho rumo à concessão de empréstimos cada vez mais arriscados. Fannie Mae e Freddie Mac são corporações hipotecárias tecnicamente privadas, mas patrocinadas pelo poder público, que operavam sob garantia de resgate estatal em caso de falência. As agências reguladoras autorizaram-nas, em 1995, a entrar no mercado de subprime e exigiram dos bancos privados um aumento dos empréstimos imobiliários para devedores com poucos recursos. A "ganância" fez o resto, mas no ambiente de liquidez abundante, propício à especulação, gerado pela política monetária do banco central americano e pela política fiscal do governo Bush.

Para salvar sua narrativa ideológica sobre os mercados desregulamentados os filhos de Marx erguem um Muro de Berlim metodológico entre as esferas da economia e da política. O conservador Horwitz é mais honesto, evidenciando a presença ubíqua da "mão visível" do Estado no financiamento privado do mercado imobiliário americano. Mas a sua honestidade tem limites, definidos por uma perspectiva ideológica. A utopia inviável de Horwitz é um retorno à idade de ouro liberal e ele prefere criticar a "mão visível" democrata à republicana. Por esse motivo, menciona só de passagem a política econômica da "era Bush" e, sobretudo, não a vincula à guerra no Iraque.

Pela primeira vez na história, uma guerra de grandes proporções foi conduzida por um governo que não conclamou os cidadãos a fazerem sacrifícios, mas, explicitamente, a "irem às compras". A mistura tóxica de juros baixos e cortes de impostos com um déficit orçamentário crescente formou o pano de fundo da ciranda especulativa num mercado intensamente regulamentado. A implosão das altas finanças nos EUA, contagiando os mercados internacionais e anunciando a recessão global, não é obra exclusiva do governo Bush, mas tem as digitais de uma "mão visível" disposta a tudo para assegurar apoio interno à política externa cruzadista dos neoconservadores. A análise econômica reacionária dos filhos de Marx oculta tudo isso.

Neoliberalismo é um signo que adquiriu diferentes significados desde o seu uso inicial, no fim do século 19. A partir das "revoluções" de Reagan e Margaret Thatcher, contudo, sua utilização se disseminou e seu significado deslizou rumo a um colapso. Depois da queda do Muro de Berlim, neoliberalismo sofreu um processo de redução fetichista, convertendo-se em senha de identificação coletiva de uma confraria dos derrotados - algo como um lenço de lapela pelo qual um nostálgico do "socialismo real" reconhece seus iguais. Não há problema nisso, com a condição de que a nostalgia de uma minoria não destrua a capacidade pública de decifrar o sentido das coisas.

Marx podia estar fundamentalmente errado, mas nunca deixou de buscar as articulações entre economia e política. Seus órfãos, traindo-o, inventaram uma economia "neoliberal" desregulamentada e denunciam uma "contradição" fatal quando os governos "neoliberais" se preparam para estatizar o núcleo do sistema financeiro. Eles não percebem que um padrão de regulamentação está sendo substituído por outro. Nem que a "mão visível" da política está presente nos dois.

Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP. E-mail: demetrio.magnoli@terra.com.br
'Momento mágico do governo passou'
Adriana Chiarini, O Estado de S. Paulo

Especialista em Finanças Internacionais e Economia Monetária, o professor de Economia da PUC-Rio Márcio Garcia avalia que, com a crise externa, o "momento mágico" da economia no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou. "Ele precisa de um comando bom para economia, e parece que esse comando foi embora", disse em entrevista à Agência Estado, referindo-se à substituição da equipe do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
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PARA TODOS OS PREFEITOS
Corrupção ausente

Claudio Weber Abramo - Tendências/Debates Folha de S. Paulo

NO PRIMEIRO turno eleitoral de 2008, um tema esteve ausente da propaganda dos candidatos -o combate à corrupção. Os candidatos têm se comportado como se o problema não existisse.
Para um prefeito ou ex-prefeito que busca reeleição, falar de corrupção significa admitir que o problema existe, o que é visto como vulnerabilidade a ser explorada pelo adversário.
Por outro lado, seria ridículo se um candidato afirmasse que as administrações de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador etc. não sofrem com o problema da corrupção.
De forma que os candidatos não têm o que dizer, de um jeito ou de outro. Apesar do silêncio, é um tema estratégico para qualquer administração e qualquer comunidade. A necessidade de combatê-la não desaparecerá só porque a questão é evitada.
Candidatos que pedem o voto do eleitor precisam esclarecer quais medidas tomarão para combater o desvio de dinheiro público, que acontece em volumes industriais em qualquer administração municipal.
Excetuando-se meia dúzia de prefeituras (todas de pequeno ou no máximo médio porte), os municípios brasileiros contam com controles rudimentares, se tanto. O controle interno é anacrônico, e os controles externos formais (Câmaras de Vereadores, conselhos gestores de políticas públicas e tribunais de contas) são cooptados ou inoperantes.
Quanto a mecanismos de prevenção, inexistem. O resultado é um desperdício brutal de recursos, comprometendo a condução de todas as políticas públicas para cuja condução os prefeitos foram ou serão eleitos.
Uma plataforma mínima de combate à corrupção adotada por qualquer candidato precisaria partir de dois pressupostos: primeiro, que corrupção não é um problema moral ("vote em mim porque sou honesto"), mas tem causas objetivas; segundo, que se essas causas não forem identificadas e, a partir daí, eliminadas ou minimizadas, então a corrupção invadirá a administração.
A corrupção, sempre, deriva de causas presentes tanto no arcabouço institucional (leis e regulamentos) quanto (o que é freqüentemente esquecido) nas práticas administrativas. Há muito o que um prefeito pode fazer para se contrapor à corrupção.
Seguem-se algumas condições necessárias para essa tarefa, as quais foram enviadas pela Transparência Brasil a todos os prefeitos de capitais eleitos no primeiro turno e a todos os candidatos nessas cidades que passaram ao segundo turno.
1. Centralização das ações. Qualquer área estratégica da ação governamental conta com uma secretaria específica que responde diretamente ao prefeito. É o que deve ocorrer com o combate à corrupção. A designação de um secretário com autoridade sobre todos os demais no que diz respeito à adoção de políticas e à implementação de ações relacionadas ao combate à corrupção é uma necessidade administrativa premente.
2. Diagnóstico. O risco de corrupção existe em qualquer área de atividade do Estado. Como não é possível abranger todas as áreas ao mesmo tempo e como é sempre necessário aquilatar a relação custo/benefício de uma ação governamental, um primeiro passo é diagnosticar o problema. Existem metodologias desenvolvidas para isso que permitem identificar as áreas de maior vulnerabilidade econômica e política na administração de um município e que, portanto, devem ser alvo da ação prioritária do governo.
3. Informação. A prestação de informações objetivas (excluindo-se desde logo dessa categoria a propaganda) a respeito da ação administrativa é não só dever constitucional como condição básica para que tal ação possa ser aquilatada pelos que, na sociedade, têm o dever de interpretar e disseminar a informação -a imprensa, em primeiro lugar, seguindo-se entidades acadêmicas, associações de todos os tipos e organizações não-governamentais.
Um aspecto muitas vezes esquecido é que a própria ação governamental resulta prejudicada se os fluxos de informação não são desenvolvidos. Quanto pior, menos extensa e menos criticada é a informação, pior é a qualidade da decisão do gestor.
A adoção de uma política ativa de coleta, tratamento e disseminação de informação objetiva, não apenas quanto aos resultados da ação governamental mas também sobre os seus processos decisórios, é condição necessária para o aumento da eficiência administrativa.
Um programa de coleta e disponibilização de informação pode ser conduzido em qualquer prefeitura. Os custos já se encontram previstos na maioria dos orçamentos municipais, a saber, nas suas áreas de comunicação. Basta redirecioná-los.
***
CLAUDIO WEBER ABRAMO é diretor-executivo da Transparência Brasil, organização dedicada ao combate à corrupção no país ( www.transparencia.org.br ).
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quarta-feira, outubro 15, 2008

ESTILO DA MÁQUINA
--Me considero um privilegiado, porque sou o único candidato que se elege sem pedir votos. É uma questão de estilo. (Vereador Tarzã, eleito para o sétimo mandato, na Folha do Sul do dia 11)

Poder, poder, poder...
Constituinte é golpe
Por Luiz Carlos Azedo, Correio Braziliense
A proposta de uma Constituinte exclusiva é estranha e extemporânea. Cheira ao velho golpismo latino-americano. Vejama situação na Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela, cujas mudanças constitucionais são fatores de tensão e crises institucionais. A proposta de reforma política que o governo enviou ao Congresso já é meio “mandrake?, a tese da Constituinte exclusiva é pior ainda. Parece velhacaria “queremista". MAIS
Hoje, para alterar a Constituição, exige-se maioria qualificada. Em eventual constituinte, metade mais um (ou menos que um). Ou se aprova as mudanças através de consulta popular (democracia direta, como a esquerda sonha). Aí, claro, com Lula muito bem avaliado, o PT imagina aprovar o que quiser - especialmente para se perpetuar no poder. A la Hugo Chávez e cia.
Mas aí surge um problema sério. E quando for eleito outro presidente, também popular, como é comum nas democracias? Aí ele vai usar, também, toda sua popularidade para mudar novamente as leis?
Se as leis forem mudadas conforme muda o governo, é fácil perceber o tamanho da encrenca. Basta ler as notícias da Bolívia.
Casuísmo - é como a oposição (petistas no meio) chamava as mudanças na lei que a ditadura militar fazia com o objetivo de continuar no poder!
Democracia - o governo faz a vontade do povo, e o povo não muda de opinião tão rapidamente.
Para onde vai o câmbio no Brasil?
Antonio Corrêa de Lacerda, O Estado de S. Paulo

Essa é uma das perguntas mais freqüentes em meio à turbulência global das últimas semanas. A administração da política cambial, assim como sua relação com a política monetária, é um dos grandes desafios da gestão macroeconômica de curto prazo. A volatilidade da taxa de câmbio tem crescido. Desde o piso em julho (de R$ 1,56/US$ 1,00) houve uma desvalorização de 40%, para mais de R$ 2,00, nos últimos dias, porém sem padrão definido. O Banco Central do Brasil (BC) vem atuando nos mercados à vista e futuro para amenizar as altas. No entanto, a volatilidade dos mercados continua provocando fortes oscilações cambiais.
No regime de câmbio flutuante puro a taxa de câmbio é aquela que equilibra o Balanço de Pagamentos. O Brasil, no entanto, a exemplo de muitos outros países, adotou há quase dez anos o regime de câmbio flutuante administrado (ou "sujo"). O câmbio é livre, mas com intervenções do BC no mercado diante de necessidade. MAIS
Se o dólar subir muito:
a) sobe o preço dos produtos/sobe a inflação;
b) o custo de vida fica mais caro;
c) cai a popularidade do governo (como no segundo mandato de FHC).
Vantagem de dólar alto: aumenta a competitividade das empresas nacionais em relação às importações, o que, no médio prazo, acelera o crescimento e o emprego. É a receita chinesa!
O Brasil usa a receita imediatista de dólar baixo para dourar a popularidade do presidente.
Candidato mineiro do PT-PSDB está 18 pontos atrás de peemedebista
Daniel Bramatti e Eduardo Kattah, O Estado de S. Paulo

O candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte, Leonardo Quintão, disparou no segundo turno e está 18 pontos porcentuais à frente de Márcio Lacerda, do PSB, candidato apoiado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT).
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terça-feira, outubro 14, 2008

DEMOCRACIA É COMPETIÇÃO
Entre partidos. Entre empresas. Entre mídias...
Um completa os outros.
E quando um critica e fiscaliza o outro, aponta acordãos patrimonialistas, marmeladas, conluios, faz-de-conta, quem ganha é o cidadão. E como ganha!
No Ita News de hoje:
Coluna Estamos de Olho - Kiko Carli
PAVÃO - O alcaide fez a vontade de seus lacaios e nos julgou erroneamente. Durante a campanha escrevemos sobre os anseios da população e não omitimos o que o prefeito realizou ao longo de seu mandato. Sua Majestade continua acreditando que os lacaios são mais importantes do que aqueles que dizem a verdade.
Editorial: Pouco caso
Desrespeito. Não tem outra palavra para descrever o que sentimos durante uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (10) no gabinete do prefeito.
Primeiramente nos sentimos preteridos, ao sermos convidados exatamente no dia em que nosso jornal está em circulação, mas até aí tudo bem. (...)
Porém, após duas perguntas, ficou claro que ali começaria uma "rasgação de seda" ao prefeito eleito. E foi o que aconteceu.
As perguntas eram direcionadas para que o sabatinado pudesse rebater as críticas atribuídas ao seu governo.
Parecia uma reunião de "compadres". Aliás, os olhares a todo momento eram de cumplicidade.
Dizem que um olhar vale mais que mil palavras, e naquela sala os olhares diziam tudo principalmente o do secretário da Cultura, que naquele momento estava ali não como secretário, mas como representante de seu jornal Folha do Sul, pois dizia que era seu horário de almoço. (...)
Felizmente não nos consideramos parciais (...) tanto que no primeiro mandato, éramos o único jornal que o apoiava, enquanto aquele que se diz imparcial o criticava duramente. (...)
Derrota histórica? Pesquisa DataTempo/CP2 aponta Quintão com quase 30 pontos de vantagem sobre candidato de Aécio-Pimentel
Do Blog do Reinaldo:
Do jornal O Tempo:

O candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte Leonardo Quintão estaria eleito se a eleição fosse hoje, segundo o Instituto DataTempo/CP2.
Considerando apenas os votos válidos (excluindo brancos, nulos e indecisos), Quintão teria 64,89% das intenções de voto e Lacerda contaria com 35,11%, o que significa uma diferença de 29,78 pontos percentuais.
Na totalidade das intenções de voto, Quintão obteve 54,34%, enquanto seu concorrente Marcio Lacerda (PSB), que conta com os apoios do governador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito Fernando Pimentel (PT), conseguiu 29,40% da preferência do eleitorado - são 24,94 pontos percentuais de diferença. Estão indecisos 8,68% dos entrevistados. Pretendem votar nulo 3,60% e não querem votar em ninguém 2,98%. Com a chapa completa, Quintão e Eros Biondini alcançaram 52,98% e Lacerda e Roberto Carvalho obtiveram 29,78%. Estão indecisos outros 8,56%. (continua)
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