sábado, outubro 17, 2009

O Globo
Papel da educação
Editorial

Tema constante na agenda do país, as desigualdades sociais costumavam colocar em lados opostos "intervencionistas" e "liberais". Mas, há algum tempo, é quase residual o peso dos que consideram que o mercado, por si só, resolverá o problema.

Já existe conhecimento suficiente da realidade econômica e social brasileira para se descartar a idéia ilusória de que, estufado o “bolo”, ele será distribuído com o aperfeiçoamento da economia.

Não é assim. Feita a constatação, criaram-se mecanismos de distribuição direta de renda, levados ao extremo no governo Lula, por meio do Bolsa Família, programa que consolidou linhas instituídas na gestão de FH. E o debate que se trava é sobre a dimensão que atingiu o assistencialismo, sempre um instrumento tentador para políticos.

Medida pelo coeficiente de Gini, a desigualdade de renda vem caindo.

A questão é dar consistência ao movimento de redução das disparidades, para que ele não fique na dependência das transferências diretas, fator de subjugação do pobre à esmola estatal — e um grande risco de contaminação da vida política pelo populismo e pela demagogia.

Na década de 70, o economista Carlos Geraldo Langoni se tornou conhecido ao defender a tese de que a melhor maneira de distribuir o bolo da renda é por meio da educação.

Sem dúvida. O método de melhorar a renda nas faixas miseráveis da população via bolsas tem validade. A questão está no foco e suas proporções. Mas, para haver de fato uma alteração de estrutura no quadro social do país, o caminho é o da educação.

Há uma grande quantidade de estudos que sustentam o diagnóstico.

A Pnad, pesquisa do IBGE, de 2004, por exemplo, revelou que quem contava com sete anos de estudos — não tinha, portanto, o ciclo fundamental completo — recebia, em média, R$ 396 mensais. Já o salário daquele que havia estudado um ano a mais aumentava para R$ 500. O ensino médio cursado, então, melhorava ainda mais a situação da pessoa: com esse diploma, conseguia-se salário de R$ 733, enquanto o ciclo médio incompleto permitia um rendimento de apenas R$ 477.

Eis a razão pela qual são fundamentadas e consequentes as críticas ao excesso de despesa com o assistencialismo, enquanto falta dinheiro para melhorar a qualidade da educação básica pública. Esta definição equivocada de prioridades compromete o futuro das novas gerações. Logo, do país.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Banda Curta:a internet “popular” de Serra é reprovada pela ONU.
José Serra gosta muito de mentir e de enganar o povo. Serra prometeu banda larga aos paulistanos, e o povo vai ter bunda(ops, banda) curta.É esse o jeito de Serra governar. Tem mais:José Serra, além de prometer bunda curta para povão, não disse ao interessado que ele tem de ter uma linha telefônica, sob pena de ficar sem a banda larga e sem a bunda curta. Safadinho esse Serra, viu!

5:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Brasil é líder no combate à fome

ActionAid foi fundada em 1972 na Inglaterra. É uma organização não-governamental, sem fins lucrativos e sem filiação partidária ou religiosa, que trabalha em mais de 40 países para vencer a pobreza há 35 anos. O trabalho dessa ONG é desenvolvido em parceria com grupos e organizações locais de comunidades pobres para construir alternativas de superação das dificuldades e garantir o acesso destas populações aos direitos básicos como alimentação, saúde, moradia, educação, igualdade entre homens e mulheres, raças e etnias. Ela tem escritórios em 4 continentes e sede em Joanesburgo, na África do Sul.


Brasil é líder no combate à fome entre emergentes, diz ONG

6:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

É nojento ver o Serra, governador de SP, enfiando o dedo no nariz em público, em várias ocasiões, como mostram as fotos. O Luiz González deveria se preocupar mais com a imagem do eterno canditado Serra (como disse o deputado Ciro Gomes, "é feio, e mais feio na alma"), que aparece em público enfiando o dedo no nariz, tirando meleca. É horrível. Imagino o nojo das pessoas quando elas são obrigadas a cumprimentar o Serra logo após ele ter retirado meleca no nariz com o dedo. É asqueroso. Já imaginaram que vexame, que nojo, se o Serra for eleito, por uma imensa desgraça, ficar tirando meleca do nariz com o dedo em um discurso na ONU, em um encontro com autoridades estrangeiras? Jussara Seixas.

6:29 PM  

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