segunda-feira, fevereiro 28, 2011

PELO VOTO DISTRITAL

Site Eagora:

Primeiro, ele é fácil de explicar e entender. A justiça eleitoral divide os estados em tantos distritos quantos forem seus deputados. Cada partido pode apresentar um candidato por distrito. É eleito o candidato mais votado. Simples assim.

Segundo, barateia o custo da campanha. Em vez de sair feito barata tonta atrás de voto por todo o estado, acotovelando-se com sabe-se lá quantos e quais concorrentes, cada candidato irá se concentrar no seu distrito, sabendo exatamente com quem concorre.

Terceiro, facilita a escolha do eleitor. Em vez de ter de escolher mais ou menos ao acaso um entre centenas de candidatos, ele tem chance de se informar melhor sobre cada um dos candidatos no seu distrito (no máximo uma dúzia, eu chutaria).

Quarto, permite aos eleitores saber exatamente quem é o seu deputado e ao deputado saber quem são seus eleitores. Isso facilita a prestação de contas do deputado aos eleitores e a fiscalização dos eleitores sobre o deputado.

Quinto, dá aos eleitores insatisfeitos com seu deputado a possibilidade de votar contra ele na eleição seguinte. Isso acaba com a moleza para os fichas-sujas e relapsos. Hoje, tendo dinheiro, eles sempre podem ganhar o voto de alguns milhares de incautos pelo estado.

Sexto, garante uma representação mais equilibrada das diferentes regiões do estado. Hoje os municípios e regiões dentro do mesmo estado acabam elegendo ou não elegendo um deputado por motivos aleatórios. Os eleitores das regiões metropolitanas são superassediados e acabam subrepresentados por causa da fragmentação do voto.

Sétimo, aumenta a chance dos chamados candidatos de opinião. Mas não é o contrário? O voto distrital não tende a paroquializar os deputados? Em estados pequenos, com distritos de poucos milhares de votos, pode ser que sim. Mas aí os deputados já são em geral paroquializados. Agora, pense nos estados grandes, com distritos de centenas de milhares de eleitores. Nessas   “macroparóquias” - principalmente nas áreas metropolitanas hoje subrepresentadas - os candidatos de opinião terão muito mais chance de se eleger do que pelo sistema atual.

Oitavo, dá força aos partidos na hora de dar ou negar legenda aos candidatos, mas dá mais força aos eleitores, estimulando-os a se envolver mais no processo eleitoral e no debate público entre as eleições.

Acho que conseguiria listar outros argumentos, mas estes me parecem de bom tamanho.
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