sábado, abril 16, 2011

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Oposição sem herdeiros

A mãe-solteira Oposição Itapevense da Orfandade está grávida e, segundo se comenta, o embrião é do sexo masculino, ninguém ainda conhece o pai, mas a torcida é que não se pareça com nenhum prefeito ou ex-prefeito, daqui ou da região, senão, tem gente disposta a afogar a criança na água do banho. A mãe faz segredo da paternidade porque teme que surja lá pelos lados do Paço Municipal algum Herodes infanticida, disposto a matar o infante ainda no berço. Primeiro, ela quer que a criança cresça e apareça, aí não tem porque nem como ocultar o parentesco. Esse cuidado todo é porque seus outros filhos, que nasceram fortes e sadios, morreram de inanição sem sequer participar dos folguedos próprios da idade. Aos tios e padrinhos resta torcer.
Longe da maternidade estão os tucanos com seus bicões coloridos, comendo frutinhas e outras coisas, tranquilos, donos da situação, o presidente do partido, Tarzan dos Santos, todo garboso, afirmando que o PSDB vai ter um candidato “pra valer”. A leitura “pra valer” dele é a seguinte: se o candidato do prefeito for o Paulinho de La Rua (ninguém tem certeza, só dona Sônia) então, o Paulinho vai para o PSDB do qual foi um dos fundadores; caso seja outro, então, o Tarzan lança o Paulão Daudone, “quebra-galho” fiel na hora do aperto, ou então, o contador de piadas, Toninho Loureiro, espécie de “laranja”, para não deixar o partido do governo órfão. Entretanto, sabe-se que o prefeito Cavani, em fim de mandato, não precisa mais agradar o governador, então, ele pode antecipar sua saída do PSDB, ir para o PV, e mandar os tucanos lamber sabão; porque o seu projeto político, para deputado federal, em 2014, precisa ter o apoio do prefeito de Itapeva e dos demais da região e, nesse caso, ele tem que eleger prefeito alguém de sua total confiança. Aqui, uma pergunta cretina: o Paulinho é merecedor dessa sua total confiança? Alguém põe a mão no fogo? Doutor Luiz confia no Paulinho? Nem nos “irmãos da opa” ele confia. Portanto, barbas de molho, gente.
Nenhum dos lados tem certeza quais nomes vão disputar a Prefeitura, pois tudo pode acontecer: por exemplo, o Paulinho desconfiar que o convite para ele mudar para o PSDB é uma artimanha de seu traidor predileto, para “engessá-lo”, tirá-lo do páreo; ou o prefeito, depois de umas doses de seu escocês 12 anos, dar ouvidos aos amigos que afirmam que apoiar a candidatura do |Paulinho é loucura. Se uma dessas probabilidades ocorrer, o quadro sucessório muda radicalmente. Por isso, a sucessão municipal continua uma incógnita, ninguém sabe quem é o nascituro candidato da oposição, mas os da situação também não estão seguros quem vai representá-los nas urnas. O que existe são balões de ensaio para distrair o público, enquanto o show não começa. E nós, aqui, na falta de temas mais atuais e urgentes, vamos assoprando as brasas até...


Música, divina música

Feliz a iniciativa de mudar a escola de música para o vetusto prédio do antigo albergue noturno. Quando me casei, em 1956, fui morar defronte ao albergue, fundado pelo Centro Espírita Alan Kardec, dirigido pelo saudoso Salvador de Mello. Foi aí que conheci os caseiros, Venâncio e Virginia, ele meio iletrado, como eu, mas lera todos os livros de Kardec, e como não existia televisão, à noite eu ia discutir espiritismo com ele, pois, já nesse tempo, o espiritualismo kardecista-cristão me intrigava e desafiava.

Agora se pode dizer que Itapeva tem uma escola de música de verdade (é quase um conservatório), a demanda de alunos de diversas idades é alentador para uma cidade, como a nossa, onde a juventude não tem opções de profissionalização, a música, nesse caso, é uma alternativa interessante, que, de cambulhada, pode descobrir vocações escondidas na lamentável massificação artístico-musical.
Parabéns ao secretário Davi Panis e ao prefeito Cavani por essa iniciativa, que, somada as do Pilão D´água, certamente vai contribuir para tirar a cultura do marasmo artístico-cultural e torná-la menos sisuda. Ao responsável artístico e professor, maestro Toninho Margarido, aquele abraço, que Santa Cecília nunca o desampare.  

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