sexta-feira, setembro 30, 2011

COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA

Festival de gafes

            Sexta-feira passada, na inauguração da Casa do Artesão, Pilão D´água, juntaram-se num mesmo espaço todos os gafiosos da Administração. Foi um festival de gafes. Para começar, ao abrir o “ato solene”, com recinto lotado funcionários municipais, em pé, em vez do anfitrião, secretário de Cultura Davi Panis, foi ao gerente da Telefônica, multinacional espanhola, que a donzela do cerimonial primeiro deu a palavra. O diretor da empresa que não é bobo nem nada, aproveitou a bonomia provinciana e desandou a fazer propaganda de sua “ótima” empresa, inclusive, lançou plano especial para telefone com cartão e tudo. E todos, ali, ouvindo a babaquice. Marketing comercial num ato que era para ser solene e... cultural, só em Itapeva mesmo! O Davi assistiu a tudo, feliz.
            Na hora de descerrar as placas inaugurais, outra gafe: o prefeito arrancou, num puxão, o pano verde da primeira e já ia tirar a outra, sem referência, aplauso, nem nada, quando um abelhudo puxou o aplauso. Numa das placas o nome da “presidenta” Dilma com o sobrenome de seu ex-marido “Linhares”, que ela não usa faz 30 anos. Gafes.
            O que podia remediar a cafonice, piorou, pois os alunos da Escola de Música se apresentaram, sem estar prontos para tocarem em púbico, o que comprometeu não só a escola como os seus professores. Haja vista a execução do “maxixe” da Chiquinha, sem percussão rítmica e em andamento de valsa. O regente não devia ter aceitado o convite.
            O Davi precisa ler (ou mandar funcionário ler) livro de etiqueta institucional, ou seja, aprender a organizar eventos públicos, para não dar vexames, Itapeva é a capital da região e devia servir de (bom) exemplo. Desde 2008, quando o Davi fez aquele carnaval de rua de Itapeva com a parceria de um boiadeiro de Ribeirão Branco, ele nunca mais foi o mesmo, judiação. Apesar da marotagem cerimonial de sua assessoria, o prefeito Cavani está de parabéns, iniciou a reforma do Pilão, promessa de toda campanha eleitoral, ainda disse: “tudo isso que vocês estão vendo (referindo-se ao Pilão) é apenas a ponta do iceberg, pois eu ainda tenho 2,5 milhões de reais de emendas parlamentares para gastar aqui”. Vamos ficar de olho, prefeito, e contabilizar real por real. Oremos.
                                                                                          Nem lá nem cá
            A ciranda de especulação sobre candidatos a prefeito já virou cordel nordestino, todo dia alguém tem “novidades” sobre o tema. A vedete dos boateiros continua sendo o Juninho da Bauma, o tal que foi sem nunca ter sido. A impressão é que o Juninho manobra um centro de difusão desses boatos, lá na rádio, porque rico é cheio de manias, as mais estranhas, entretanto, acredito mais que isso seja arte do pessoal do prefeito, que espalha boatos que é para confundir o meio de campo e concorrer com candidato único.
            A verdade é que a “oposição” não tem candidato, até porque ainda não surgiu nenhum corajoso se identificando como oposição, talvez com medo do prefeito. Porque, queira ou não, doutor Luiz infunde medo nas pessoas, talvez por ser grandão, ou talvez por ele andar sempre com a caneta no bolso da camisa, como se fosse uma arma, só sei que, exceto o Adelço Abdalla e o Rossi, todos os demais secretários têm medo dele.
            Mas voltando à vaca fria, se a oposição não tem candidato, o prefeito Cavani também não, porque se ele tem cinco ou seis nomes, é sinal que não tem nenhum. Entre os nomes, tem um especial, o tal de Josias, evangélico, figurão da maçonaria, dizem que é tão rico que até cheira. O Juninho que se cuide. Josias leva vantagem por ser aparentado do prefeito, por conta do noivado dos filhos, duas fortunas que vão se somar, isso pode levar o temido doutor Luiz a decidir pelo “irmão da opa”. O Tarzanzinho, maquiavelicamente, já deu sinal verde ao “irmão Josias” ao filiá-lo no PSDB, embora para efeito público ele diga que apóia seu mui amigo Paulinho de La Rua. Me engana que eu gosto. O Paulinho, coitado, faz tempo que vem levando pauladas de todo lado, é promotor, é funcionário, é assessor, é a... deixa pra lá. Há quem diga que é “coisa mal feita”, macumba das bravas, então, por que o Paulinho não pede para o seu assessor, Celinho, Pai-de-Santo dos bons, fazer um “descarrego” pra ele lá no terreiro? Dizem que é tiro e queda. É só levar vela, arruda, alecrim, marafo, e pronto. Não custa nada e acaba com a urucubaca. Vai lá, Paulinho, pelejar com as forças do Universo. A oposição fornece o material e canta junto. Saravá.
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