quinta-feira, maio 03, 2012

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA



Atitude ridícula do prefeito Cavani
            A atitude antidemocrática, autoritária e malandra do prefeito Luiz Cavani (PSDB) em negociar a desistência do virtual candidato mais forte da “oposição”, causou indignação e surpresa naqueles que tinham o Juninho da Bauma (PMDB) na conta de homem sério, responsável e dono de seu nariz. Para os que acompanhavam de perto a conduta volúvel do empresário de se dizer candidato, mas sempre deixando dúvida se era pra valer ou não, de acordo com as fases da lua, já era indício de que por trás do simpático Juninho da Bauma havia um empresário esperto interessado em valorizar seu passe a fim de levar vantagem na política. E parece que conseguiu. 
            Cumprindo meu dever de ofício de escriba crepuscular fui para as ruas ouvir a opinião de políticos sobre o que teria havido para o Juninho “mijar pra trás”, desistir de sua candidatura a prefeito no dia seguinte que afirmou, em entrevista à imprensa, que era candidato para valer, até esboçando um plano de governo. Qual ameaça, ou proposta de vantagem, teria feito o prefeito Cavani para o Juninho desistir? As respostas foram as mais diversas, mas todas convergindo para a mesma opinião, o empresário dos minérios e da construção civil, olhou apenas seu interesse pessoal e empresarial sem se importar com Itapeva, cidade que ele diz amar tanto e que iria ajudar se fosse eleito.
Vamos apresentar só as declarações mais sérias, descartando às que se referem ao empresário com palavras de baixo calão e marotagens. Eis as respostas:
1 - O PMDB, partido fisiológico (aquele que só faz política para levar vantagens com cargos e sinecuras), negociou a renúncia e um acordo de adesão a qualquer que fosse o candidato do prefeito a troco de cargos e, no caso do Juninho, de bons negócios;
2 - O prefeito Cavani teria com ele documentos comprometedores contra o Juninho e usou isso para assustá-lo e conseguir sua desistência;
3 – Que o empresário estaria “enterrado” em impostos estaduais e que o prefeito, sendo do PSDB, teria prometido ajudá-lo a resolver se desistisse da candidatura;
4 - A cúpula do PMDB teria feito acordo com o prefeito Cavani para “ocupar” temporariamente o lugar de oposição com candidato forte, a fim de desencorajar outros candidatos a se lançarem numa eleição “arriscada”, favorecendo, assim, o seu candidato. Depois o PMDB lançaria um candidato “laranja”, a fim de eleger vereadores e dar apoio ao futuro prefeito, para continuar, como até hoje, sem oposição na Câmara;
5 - Que o prefeito Cavani teria informações de que, em breve, a candidatura de Paulo de La Rua (PSDB) seria impugnada e doutor Rossi, o seu homem de confiança, seria o substituto. Mas o Rossi seria um candidato politicamente “fraco” e podia perder a eleição para o Juninho, acabando com o sonho do prefeito Cavani de continuar no controle da Prefeitura. Aí, ele não vacilou, foi até o candidato e exigiu a renúncia.
Como se vê, ninguém acreditou na versão do Juninho de que sua renúncia foi devido à amizade com Cavani e dos apelos da família. Como pode uma pessoa, respeitável, afirmar uma coisa hoje e negar dois dias depois? Ninguém é tolo.
Infelizmente, o prefeito Cavani tomou uma atitude direitista e rasteira ao induzir um candidato oposicionista à renúncia, mesmo sendo seu amigo. Há quem diga que o prefeito fez isso levado pelo desespero de perder sua influência na nova Administração, pois ele e seus secretários devem ter muitas coisas a encobrir, então, elegendo o seu candidato ele dormiria tranquilo. Ledo engano. Se for o Paulinho prefeito, ele vai cair do cavalo, porque o espanholzinho, como uma estrela cadente, é imprevisível.
Cavani e Juninho são exemplos tristes da truculência e da subserviência humanas de dois políticos que deviam, pelo menos, se dar o respeito, já que não respeitam a opinião pública e os destinos de sua terra querida. Uma vergonha.

***
NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK: http://www.facebook.com/profile.php?id=100002651355455&ref=tn_tnmn
Google
online
Google