sexta-feira, maio 25, 2012

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Mazen: juventude e renovação política


Pré-candidato a prefeito, o médico Mazen Haidar (PP) está consolidando sua candidatura de forma segura e promissora, sem alardes; candidatura cada dia mais fortalecida pela adesão espontânea de pessoas que veem no jovem médico uma alternativa de poder, a fim de renovar o viciado quadro político de Itapeva. A sua entrevista, neste semanário, com foto ao lado da esposa e do deputado Paulo Maluf, presidente do PP, foi uma forma de acabar com boatos de que ele não teria legenda, acabando com o sonho do prefeito Cavani de ter candidato único. Mazen reafirmou, na entrevista, a sua intenção de fazer uma campanha limpa, sem baixarias ou de ataques à administração do prefeito em exercício. Isso é bom, falta combinar com os adversários.

Numa situação, democraticamente adversa, em que um prefeito em fim de mandato tem o desplante de pedir para um candidato da oposição (PMDB) escafeder-se da disputa, é politicamente salutar e refrescante poder contar com um candidato, como o Mazen, que não teme cara feia e não precisa dar satisfação a nenhum prefeito órfão da ditadura militar, pois tem independência política e financeira, portanto, sua campanha não depende de financiadores, que, após as eleições, vão ao candidato eleito cobrar o retorno do capital investido, quando então começam os negócios escusos.
Políticos viciados na mesmice

Está na hora de Itapeva renovar seu quadro político, chega dos mesmos. As eleições estão aí, excelente oportunidade para dar uma chacoalhada na Câmara e renovar, pelo menos, 80% dos vereadores, senão todos. Há muito venceu o prazo de validade desses dez vereadores e eles perderam força de ação, não têm planos nem projetos para a cidade, também não conseguiram se livrar da influência do prefeito, estão viciados em prefeito, por isso, tudo indica que não irão mudar de conduta no futuro. Bons nomes não faltarão na próxima eleição, portanto, cabe ao eleitor decidir certo, decidir pela renovação, pois pior do que está não fica. Não reeleja vereador.

Candidato da “panelinha”

Para quem não sabe, houve um tempo que era comum na imprensa a expressão “panelinha”, se referindo a um restrito grupo de pessoas, atrelado ao poder Executivo, principalmente Prefeitura, para de comum acordo, e na maior sem-vergonhice, desviar dinheiro dos cofres públicos. A expressão é antiga, mas a formação de “panelinhas” nas prefeituras é atual e corriqueira. Por isso, nesta eleição, o eleitor deve tomar cuidado com o candidato que tenha o apoio do prefeito, e que prometa continuar a sua obra, pois corre o risco, involuntário, de ajudar a manter a “panelinha” na prefeitura. Como o prefeito tem a força da máquina, o seu candidato sempre sai em vantagem, em relação aos demais concorrentes, mas cabe ao eleitor corrigir essa distorção ilegal e malandra, que vem eternizando as “panelinhas” e a corrupção municipal em todo o País.

Exemplos animadores

Em toda eleição bate uma vontade incontrolável de relembrar o fato de que nem sempre quem está em vantagem nas pesquisas iniciais de intenção de votos, irá ganhar a eleição. A rejeição, muitas vezes, acaba com o sonho, e que quem está em último pode ser o primeiro, parafraseando um ensinamento do Mestre. São inúmeros os exemplos em que o candidato que estava na rabeira, no início, dá volta por cima e vence. Numa das eleições para governador, Mário Covas, nas pesquisas, estava atrás de Paulo Maluf e Francisco Rossi, este liderava com 40%; Fernando Collor com 8%, atrás de Brizola, Maluf e Lula; Armandinho com 12%, Humbertinho com 42%. Portanto, sondagem pré-eleitoral é só uma avaliação passageira, nunca indicativo de vitoria ou derrota. Bons ou maus índices em pesquisas iniciais de campanha não quer dizer nada, o que conta é o seu desenrolar, então, pouco valem os altos índices de “laranjas” afoitos. Xô, Xô.

***

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O fato é que face à falência e ao esgotamento do sistema político-partidário-eleitoral, com prazo de validade vencido há muito tempo, politicamente falando, estamos todos desgraçados, no mato e sem cachorro. A renovação da qual estamos todos necessitados nada tem a ver com a idade da pele, mas, isto sim, com as ideias, as propostas, os projetos, com a alma, e o jeito novo de fazer política, sem compra de apoios e muito menos de votos. Discurso é como roupa fabricada sob medida, cai bem apenas naquele para o qual o tempo esculpiu as medidas, de modo que de nada adianta sequer tentar usar um terno de outrem, porque não lhe cairá bem, e as sobras ou carências do tecido serão denunciadas até mesmo pelas aparências, circunstâncias e circunstantes. Eleição certa é aquela na qual a classe política abre mãos das suas vaidades e ambições pessoais e apostam na pessoa certa, do tempo certo, para o lugar certo, porque tudo tem o seu tempo e cada nova eleição já vem carimbada na medida certa para determinado perfil político, embora os impostores políticos temporais teimem em deturpar a oportunidade, não levem em conta isso, e quase sempre põem tudo a perder. E as ambições e vaidades pessoais, mesquinhas, egoistas, quase sempre, são as molas propulsoras dos impostores políticos temporais e, por conseguinte, da falência do sistema político-partidário-eleitoral, que já levou todos à profunda apatia social que aí está, há muito tempo, cuja cura, doravante, demanda não apenas reformas epidérmicas, mas, isto sim, uma grande revolução.

3:35 PM  

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