domingo, maio 26, 2013

COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA

 FAI, um desperdício contra o povo

Por que os prefeitos de Itapeva fazem tanta questão de manter 10 dias de festa para o aniversário da cidade (FAI), contratando artistas famosos a peso de ouro, ainda permitindo que o espaço comercial da festa seja de uso exclusivo da empresa contratada? Por que os prefeitos não querem nem ouvir falar de atrações locais nem de ceder espaço para comerciantes daqui? Não é estranho que a gestão Cavani tenha mantido esse esquema de festa perdulário por oito anos? Houve até um carnaval nos moldes de rodeio, com música sertaneja e barracas de cerveja (aquela marca exclusiva, horrorosa, fornecida pelo Secretário de Esporte da Prefeitura). Uma vergonha.           
Na festa do ano passado, a Ivete Sangalo era a estrela da vez, agora é a Cláudia Leite, ambas de cachê altíssimo, por que essa insistência nas beldades baianas? Para recordar: na campanha de Paulo Cavani foi contratada a dupla Chitãozinho e Xororó por 150 mil reais, quando se sabia de fonte limpa que o cachê deles era de 100 mil! Sabe-se de casos em que os acertos de cachês de artistas são feitos “por baixo do pano”, entre empresário e contratante; será que não é isso que acontece em Itapeva, na FAI?
Se assim acontece é porque o prefeito quer e a Câmara não fiscaliza, também porque ninguém protesta; a direção da ACIAI, sindicatos de bares, restaurantes, hotéis e artistas são omissos, preferem se fazer de coitadinhos, vítimas do prefeito malvado; se protestassem esse festival de desperdício mudaria. Mas cadê coragem pra isso.
O prefeito Zé Roberto (quem diria) também quer 10 dias de festa com artistas caríssimos, barracas de bebidas etc. etc. Quer esbanjar nosso dinheiro em circo quando Itapeva está precisando de tudo, igual o governo do PT que gasta bilhões em estádios de futebol, enquanto a saúde, educação e estradas estão à beira do colapso. Uma vergonha.
    
Vereadores evangélicos equivocados
Nota-se nas discussões da Câmara que existe entre os vereadores evangélicos a intenção, ainda não explicitada, de formar um bloco a fim de influenciar votações e “puxar a brasa para suas sardinhas”. Nada contra, faz parte do processo democrático, haja vista no Congresso Nacional onde existem bancadas, ruralista, evangélica e outras. Mas quando se trata de criar leis que privilegiam, unilateralmente, algum setor social (igrejas), é hora de brecar para não descambar. A discussão do projeto do vereador Laércio, para isentar de impostos as igrejas evangélicas (agora arquivado), tinha conteúdo discriminatório e eleiçoeiro, por isso, foi repudiado pelos colegas. Ora, se os vereadores forem legislar para conceder privilégios a entidades religiosas e assistenciais (que já gozam de isenções fiscais, estadual e federal, até de imposto de renda), eles têm de incluir dezenas de outras instituições, entre as quais a igreja católica, presbiteriana, adventista, mórmons, centro espírita, umbanda etc. A isenção de impostos municipais para “ajudar igrejas” a fazer caridade, é um paradoxo, pois quanto maior a isenção menos recursos sobram para o poder público ajudar, justamente, a população mais carente. Isenção é um tiro no pé.
Os vereadores evangélicos querem mostrar serviço para suas igrejas, mas não podem se esquecer que foram eleitos para trabalhar para todos os cidadãos independente de religião; pela Constituição, o Estado brasileiro é laico (não tem religião) e até a cruz pendurada no Legislativo itapevense teria de ser retirada. Devagar com andor, gente.

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