sábado, junho 29, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

A PEC 37 caiu, mas a 001/13  não
            Para quem ainda não sabe a PEC-37 (Proposta de Emenda Constitucional) é um projeto da iniciativa de deputados e senadores, a fim de mudar a Constituição de 88 e tirar do Ministério Público a prerrogativa de investigar denúncias de corrupção política, que abrange desde prefeitos a Presidente da República. Isso vai limitar a investigação de denúncias de desvios de dinheiro público, que ficará a cargo de delegados de polícia, contrariando os anseios populares, vistos nas manifestações de rua dos últimos dias.
O “nosso” deputado Ulysses Tassinari (PV) foi um dos primeiros a assinar a lista de apoio à famigerada PEC 001/13, a pedido do deputado Campos Machado (PTB), um dos líderes dessa iniciativa antidemocrática a favor da impunidade. Para esclarecer: essa PEC 001/13 é estadual, mas tem a mesma finalidade da PEC 37. Esta coluna foi a única (infelizmente) a denunciar esse ato lamentável do deputado que “representa” nossa região, onde a corrupção é histórica e onde o Ministério Público é o único órgão que investiga denúncias contra prefeitos, secretários e demais representantes públicos, encaminhando-as à Justiça. Ser a favor da PEC-37 ou da 001/13 é ser contra o povo e contra o Brasil. Não podemos nos esquecer disso nas eleições de 2014. Vade retro...
                              Quando os itapevenses se uniram
Que me lembre, por duas vezes vi a sociedade itapevense se unir a favor de alguma coisa: a primeira foi durante o golpe civil-militar de 64, quando uma turba de bagunceiros equivocados, dentre os quais professores da rede pública, saíram às ruas prendendo pessoas tidas por comunistas (favoráveis ao governo), ao mesmo tempo em que gritavam palavras de ordem contra as instituições democráticas e o governo do presidente João Goulart, legitimamente eleito; no calor das manifestações tachavam o papa João XXIII de comunista, rasgavam exemplares da Encíclica Mater et Magistra e ainda queriam prender os padres, Pássaro e Aristides; uma cafajestada homérica.
Em meu livro Não Verás Nenhum País Como Este - Editora Record-Rio, 400 páginas (esgotado), tem o relato desse episódio e, também, como o Brasil enfrentou os 21 anos da ditadura militar; o livro pode ser encontrado nos sebos; é só acessar o site www.livronauta.com.br e escolher em qual sebo comprar, bem baratinho. Experimente.
A segunda vez que itapevenses se uniram foi durante o programa Sílvio Santos, Cidade contra Cidade, que mobilizou até o prefeito. Na decisão do embate com a cidade adversária, Pereira Barreto, se não me falha a memória, o então jovem Véio Mattos marcou ponto para Itapeva ao saber cantar o jingle do Caldo de Galinha Knorr, patrocinador do programa.  Depois disso o povo só tem se juntado em procissão e em festas de aniversário da cidade. 
            Achei oportuno recordar esses eventos, a fim de mostrar que havendo motivação, incentivo e liderança, a mobilização popular é possível. Os itapevenses precisam se unir, formar grupos de “Amigos de Itapeva” a fim de acompanhar o trabalho das autoridades municipais: prefeito, vereadores, secretários e exigir deles transparência (de fato) nas licitações e negócios públicos; fazer sugestões e evitar que obras e projetos para a cidade e o bem-estar da população sejam engavetados, ou abandonados, por preguiça dos dirigentes, sim, preguiça mesmo, couro grosso, ressaca. As recentes manifestações populares no País demonstram que o povo quando quer, consegue. E nós, aqui de Itapeva, também podemos, basta querer, afinal, a cidade é de todos nós, vamos ajudar nossos homens públicos a ajudá-la. Oremos.

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