sábado, junho 22, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Sebastião Pereira da Costa
08:01 (9 horas atrás)

                         Vão acabar com a feira-livre?
            A feira das malhas do sul, armada no recinto do Itapeva Clube, e outras que aqui vieram para vender mais barato que o comércio local, foram alvos de protestos dos comerciantes, através da ACIAI e de vereadores na Câmara. Até se pediu uma lei proibindo essas feiras “piratas”, que não pagam impostos nem geram empregos na cidade. Vistas pelo ângulo dos comerciantes, tudo bem, vamos proibir, mas do ponto de vista da população mais feiras como essas deviam vir pra cá. Conversei com pessoas que compraram nessas feiras e elas disseram que a diferença de preços para mais de produtos similares no comércio local é grande, além da variedade que não existe aqui.
            Agora, os lojistas locais estão pedindo uma lei que lhes garanta uma espécie de reserva de mercado para seu comércio, lei parecida a que existia no Governo Sarney em que era proibido comprar produtos de empresas de outros países se no mercado nacional tivesse produto similar, mesmo de qualidade inferior e muito mais caro. Essa lei atrasou por cerca de dez anos a tecnologia das empresas eletroeletrônicas e de informática nacionais, até que o governo Collor acabou com essa reserva de mercado e o Brasil passou a produzir esses produtos melhores e mais baratos.
            Outra. Poucos anos atrás, aqui em Itapeva, donos de farmácia se mobilizaram e foram à Câmara pedir uma lei que proibisse novas farmácias na área central da cidade, sob o argumento de evitar que as mais antigas fechassem pela saturação; esta coluna condenou a pretensão impopular dos farmacêuticos, mesmo assim, um projeto nesse sentido chegou a ser votado na Câmara, mas não foi aprovado. Agora os comerciantes querem impedir, pela lei, a concorrência de fora. Dessa fruta eu como até o caroço.
            O Brasil é um país de regime capitalista, onde a livre concorrência e a liberdade de empreender são asseguradas pela Constituição Federal de 1988.
            Se pegasse essa moda de se criar lei para impedir concorrência comercial, os supermercados iam querer uma lei para acabar com as feiras-livres, fortes concorrentes de produtos hortifrutigranjeiros, que geram poucos empregos e vendem mais baratos. 
                         
                              Caronas eleitorais

            À medida que se aproximam as eleições parlamentares, aumentam os anúncios de cabos-eleitorais sobre o trabalho de seus deputados; na imprensa local fotos de cidadãos empombados, barrigas salientes, engravatados, mãos cruzadas sobre o umbigo, são frequentes; todos de caras sérias, olhando para a câmera, como se olhassem para o trouxa do eleitor que, no final das contas, vai votar nos ditos cujos por não ter opção.
            Há cinco anos aguarda-se em Itapeva a instalação da 16ª Região Administrativa, aprovada na Assembleia e festejada, aqui, pelos cabos-eleitorais de um deputado do PTB; mas pode ser outro fiasco como foi ERG dos anos 80 (que já relatei aqui); também fala-se da instalação da 4ª Vara de Justiça, que não depende de deputados, mas eles pegam carona assim mesmo, a fim de mostrar serviço e faturar o voto. O Poupa Tempo parece coisa resolvida, tomara. Portanto, está aberta a temporada de caça ao eleitor, vale tudo agora, outras “benfeitorias” e emendas serão anunciadas em breve.
            Enquanto prefeito, vereadores e cidadãos não se conscientizarem de que precisamos ter nossos próprios deputados, que trabalhem de verdade para a região e não meros “migalheiros”, vamos continuar atrasados, e felizes. Uma vergonha.

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1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O grito das ruas, levou o Senador, Cristovam Buarque, a refletir no Senado da República até mesmo sobre o possível fim dos partidos. ” Sem partidos, sem partidos, sem partidos…” Esse é um dos gritos que ecoaram das massas, nas ruas do Brasil, urbi et orbi. E é daí que começaram a se tornar irtos os cabelos até do fiofó do continuismo da mesmice partidário-eleitoral, principalmente dos reis dos fla-flus que há cerca de 20 anos convém a PTMDB-agregados e PSDEMB-agregados, revezados no poder, quer seja como situação, quer seja como oposição. Daí a gritaria uníssona e desesperada dos mesmos: “impossível democracia sem partidos, pois isso é ditadura”. O gollpismo-ditatorial, por seu turno, esfrega as mãos, lambe os beiços e delira: “chegou a nossa vez outra vez”. Todavia, daí surge a Mega-Solução, a RPL, e argumenta aos mesmos: peraí, se eu sou obrigado a votar no candidato que vocês nos impõe como meu representante, em sendo eu o titular do direito de escolha, eu posso optar por outro método mais democrático de escolha do meu representante, como, p. ex., um concurso público padrão, que expresse Meritocracia Eleitoral, e que não me deixe com remorso de ter votado enganado em bandido imposto por caciquias partidárias”. E daí vem a pergunta que não quer se calar, o que de fato é anti-democrático: ser obrigado a votar em candidato imposto a todos por meia dúzia de gatos pingados, quase sempre com segundas intenções, ou ser livre para, caso queira, competir com todos eles em condições de igualdade pelos meus próprios méritos ? Eis a questão. Contudo, a Meritocracia Eleitoral não propõe o fim dos partidos, mas, isto sim, a reciclagem, a quebra do monopólio eleitoral dos mesmos, com a extensão do direito de participação de todos, em condições de igualdade, independentes de filiação partidária. Por Luiz Felipe

4:20 PM  

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