sexta-feira, outubro 18, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Sebastião Pereira da Costa

Casarão da Cultura, cai ou não cai?

A Casa da Cultura é um patrimônio arquitetônico histórico que devia ter sido mais bem cuidado pelas administrações municipais, infelizmente, não foi; desde a gestão Armandinho, passando pelas do Guilherme, Wilmar e Cavani, o velho casarão vinha sendo usado pelos artistas itapevenses, sem nenhum cuidado com sua estrutura ou manutenção, a não ser pintura. Contudo, foi na gestão Cavani que o prédio ficou mais comprometido em sua estrutura básica, após a “restauração” feita por alunos de uma escola em que não havia sequer projeto de restauração, havia alunos para se formarem e o prédio serviu como sala de aulas. A escola agradece, os artistas lamentam.

Após a “restauração didática”, promovida pela gestão Cavani, em que se trocou a madeira do telhado e umas vigas, a partir daí o prédio ficou mais vulnerável, com riscos de desabar, foi interditado e descansa em paz. Uma barbaridade.

Dia destes a secretária de Cultura, Setembrina Lourenço (PT), anunciou na imprensa que o Governo do Estado assumiu a bronca e vai financiar uma restauração de verdade no casarão, com profissionais (não alunos); que já existe projeto e no próximo ano vão começar os trabalhos de restauro. Custo? Dois milhões de reais!!

Por que será que obras financiadas com dinheiro público ficam tão caras? Com dois milhões de reais valia mais a pena derrubar o casarão e fazer um prédio novo, moderno, dependências planejadas para eventos artísticos. Recuperar o casarão não vai mesmo, vão mexer tanto naquelas paredes de taipa que elas serão descaracterizadas; o telhado já foi substituído, forro e assoalho também vão; então vai restar o que? Vão ser aproveitadas as portas e janelas. Sem contar que nunca vai ficar como antes.

Haja vista a Catedral de Santana, falou-se tanto em recuperar e preservar sua história, linhas arquitetônicas, as pinturas artísticas do forro etc. e ficou aquilo que se viu, nem vestígio da antiga igreja, foi tudo pro beleléu: forro, altares, imagens, janelas; para piorar, foram feitas pinturas modernistas, que não têm nada a ver com a suntuosa antiguidade da nossa igreja. Se o cônego Benjamim fosse vivo, aposto que ele não ia deixar ninguém pintar aquelas coisas em Sua igreja. Ele ia rodar a baiana.

“Obras” da gestão Cavani

Não foi só o Mirante Debret (o elefante branco do Davi) que foi deixado inconcluso pelo “dinâmico” ex-prefeito Cavani; a restauração da Estação Ferroviária da Vila Isabel, foi outro projeto que comeu tempo dos secretários da área. O que dizer, então, da construção do Teatro Municipal? Foi elaborado um excelente projeto arquitetônico, colocou-se placa da obra no local (próximo à Câmara), anunciou-se licitação para breve e o que aconteceu? Nada. Arrancaram até a placa do local.

Pecados administrativos de começar e não acabar obras, prometer e não entregar, fazem parte do marketing político dos prefeitos, todos cometeram esse pecado.

E o prefeito Zé Roberto?

Ele também prometeu obras e realizações faraônicas: porto seco é a mais conhecida; prometeu a construção de monte de casas populares, quatro mil empregos (Onde?); prometeu construir o Teatro Municipal e reformar o estádio de futebol; o que mais? Não lembro, sei que tem mais coisas, mas será que ele vai cumprir o que prometeu. Pelo andar da carruagem...

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sábado, outubro 12, 2013

sexta-feira, outubro 11, 2013


COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Sebastião Pereira da Costa

Nova liderança que surge?

Quem acompanha a política itapevense há cerca de meio século, já viu líderes promissores perderem o tino e acabar no ostracismo: Chimitão, Guilherme, Monteirão, Armandinho, Paulinho, Tarzan e outros menos cotados, que se destacaram, mas sem chegar à condição de líder. Todos se perderam na capação. Outra liderança que vai se perder (se já não se perdeu) é a ex-deputada Terezinha, autofágica, fez o que lhe deu na telha nas lides políticas, sem ouvir ninguém por mais amigo, um desperdício da Natureza se levarmos em conta que ela é uma das mais bem preparadas lideranças políticas de Itapeva e região, que muito poderia ter contribuído com o seu trabalho; infelizmente, ela não soube jogar o jogo, ou não quis jogar. Uma pena.

Mas para quem não perde a esperança, surge no proscênio da Câmara Municipal uma luz no fim do túnel: o vereador Jeferson Modesto – Jé – (PMDB) desponta como uma liderança das mais promissoras, pelo tirocínio e atuação imparcial, na fiscalização do Executivo e apuração de indícios de irregularidades na Prefeitura. E nesse propósito fiscalizador da coisa pública, vale ressaltar, também, a atuação da vereadora Áurea Rosa (PV), uma parceira importante do vereador peemedebista: conhecida por sua atuação em favor dos pobres, ela ganhou luz própria e não deve nada a ninguém.

Outros vereadores ainda podem se destacar, visto que são novatos, todavia, têm novatos e veteranos que vão continuar dizendo amém e só fazendo indicaçõezinhas para agradar eleitores e tentar se reeleger; o veterano Marmo (PSDB) muda de opinião e atuação como as fases da lua, atualmente na oposição, cobra e critica o prefeito, se continuar nesse pé, pode vir a ser líder; mas tem que deixar de consultar o Tarzanzinho.

Um “descarrego” para o prefeito

Depois dos primeiros 100 dias no poder, festejados com pompa e circunstância, o prefeito Zé Roberto (PMDB) descuidou-se e afundou no inferno astral, azucrinando sua vida: os vereadores, Jé e Áurea, denunciaram o secretário da Educação e um assessor por suspeita de desvios de recursos públicos, um imbróglio que teve intervenção do Ministério Público e Delegado de Polícia, a coisa está quente e ainda vai render muita encrenca; além de duas CEIs, já instaladas, tem outras previstas; e tem o acerto de contas da FAI, segundo comentários, vai ser outro “rolão” danado.

Como amigo do radialista Comeron, sugiro ao prefeito Zé Roberto (PMDB) apelar para as “forças arcanas”, que tantas existem; se não der certo e se rezar também não está resolvendo, então, ele deve dar uma chegadinha ao terreiro de umbanda do Celinho e pedir um “descarrego” caprichado. No passado fiz a mesma sugestão a um ex-candidato a prefeito, ele não deu ouvidos, e foi aquilo que se viu, dançou.

O prefeito precisa fazer uma autocrítica severa quanto à sua gestão na prefeitura e, sobretudo, fazer uma “limpa” em sua assessoria, pois repito o conselho de um moço sábio e respeitado: se seus olhos e braços são tropeços para sua vida, jogue-os no fogo, mais vale entrar no céu cego e mutilado, do que são e ir para o inferno. Oremos.

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quarta-feira, outubro 09, 2013


joão pereira coutinho

 Folha - 071013

 Homens de bem

 
Você, leitor, é pessoa honesta e cumpridora. Trabalha. Paga as contas. É decente com a mulher e os filhos. Mas quando olha em volta, o cenário é selvagem. Os colegas usam e abusam da dissimulação e da mentira. Sem falar da corrupção de superiores hierárquicos ou de políticos nacionais, esse câncer que permite a muitos deles terem o carro, a casa, as férias, a vida que você nunca terá.
Para piorar as coisas, eles jamais serão punidos por suas viciosas condutas. A pergunta é inevitável: será que eu devo ser virtuoso? Será que eu devo educar os meus filhos para serem virtuosos?
Essas perguntas foram formuladas por Gustavo Ioschpe em excelente texto para a "Veja". De que vale uma vida ética se isso pode representar, digamos, uma "desvantagem competitiva"?
Boa pergunta. Clássica pergunta. Os gregos, que Ioschpe cita (e, de certa forma, rejeita), diziam que a prossecução do bem é condição necessária para uma vida feliz. Mas o que dizer de todas as criaturas que, praticando o mal, o fizeram de cabeça limpa por terem falsificado a sua própria consciência?
Apesar de tudo, Gustavo Ioschpe tenciona educar os filhos virtuosamente. Não por motivos religiosos, muito menos por temer as leis da sociedade. Mas porque assim dita a sua consciência. Um dia, quem sabe, talvez o Brasil acabe premiando essas virtudes.
A resposta é boa por seu otimismo melancólico. Mas, com a devida vênia ao autor, gostaria de deixar dois conselhos para acalmar tantas angústias éticas.
O primeiro conselho é para ele não jogar completamente fora as leis da sociedade na definição de boas condutas. Porque quando falamos de vidas éticas, falamos de duas dimensões distintas: uma dimensão pública, outra privada.

E, em termos públicos, acreditar que os homens podem ser anjos (para usar a célebre formulação do "Federalista") é o primeiro passo para uma sociedade de anarquia e violência.
Na esfera pública, eu gostaria que os homens fossem anjos; mas, conhecendo bem a espécie, talvez o mínimo a exigir é que eles sejam punidos quando se revelam diabos.
Se preferirmos, não são os homens públicos que têm de ser virtuosos; são as leis que devem ser implacáveis quando os homens públicos são viciosos.
Isso significa que a principal exigência ética na esfera pública não deve ser dirigida ao caráter dos homens --mas, antes, ao caráter das leis e à eficácia com que elas são aplicadas. No limite, é indiferente saber se os homens públicos são exemplos de retidão. O que importa saber é se a República o é.
Eis a primeira resposta para a pergunta fundamental de Gustavo Ioschpe: devemos educar os nossos filhos para a virtude? Afirmativo. Ninguém deseja para os filhos a punição exemplar das leis. E, como alguém dizia, é do temor das leis que nasce a conduta justa dos homens. Desde que, obviamente, as leis inspirem esse temor.
E em privado? Devemos ser virtuosos quando nem todos seguem a mesma cartilha e até parecem lucrar com isso?
Também aqui, novo conselho: não é boa ideia jogar fora os gregos. Sobretudo Aristóteles, que tinha sobre a matéria uma posição sofisticada e, opinião pessoal, amplamente comprovada.
Fato: não há uma relação imediata entre virtude e felicidade. Mas Aristóteles gostava pouco de resultados imediatos. O que conta na vida não são as vantagens que conseguimos no curto prazo. É, antes, o tipo de caráter que "floresce" (uma palavra cara a Aristóteles) no curso de uma vida.
E, para que esse caráter "floresça", as virtudes são como músculos que praticamos e desenvolvemos até ao ponto em que a "felicidade", na falta de melhor termo, se torna uma segunda natureza.
Caráter é destino, diria Aristóteles. O que permite concluir, inversamente, que a falta de caráter tende a conduzir a um triste destino. Exceções, sempre haverá. Mas, aqui entre nós, confesso que ainda não conheci nenhuma. Não conheço maus-caracteres que tiveram grandes destinos.
Sim, leitor, não é fácil olhar em volta e ver como a mesquinhez alheia triunfa e passa impune. Mas não confunda o transitório com o essencial.
E, sobretudo, nunca subestime a capacidade dos homens sem caráter para arruinarem suas próprias vidas.
Educar os filhos para serem "homens de bem" é também ajudá-los a evitar essa ruína.

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domingo, outubro 06, 2013

ÉTICA OU FELICIDADE? 


"Do ponto de vista filosófico, ética é um conjunto de valores e princípios que define os limites de ação de cada ser humano. "Esse conjunto nos orienta em três questões fundamentais, intrinsicamente ligadas à nossa liberdade individual: Quero? Posso? Devo? Minha resposta depende dos princípios éticos que adoto", diz o filósofo Mario Sergio Cortella. É uma questão simples de compreender quando aplicada à prática. De maneira geral, queremos muitas coisas: em alguns casos, podemos até obtê-las (ou realizá-las), mas, em outros, não devemos alcançá-las. Pode ser o caso de parar o carro em fila dupla na porta da escola dos filhos; pode ser o caso de desviar dinheiro dos cofres públicos. Pessoas eticamente saudáveis, prossegue a filosofia, são aquelas que podem, mas não fazem o que é errado.




Cortella: felicidade com ética
Quando se trata de ética, portanto, há sempre um choque entre princípios e ações individuais e coletivos. Seria mais correto, aliás, falar em éticas — no plural. Cortella tem um inusitado exemplo para explicar como elas se chocam, e como, no convívio social, a ética se impõe aos interesses individuais. É a análise do caso de uma casca de banana atirada ao chão. "Quem a atirou ali propositalmente seguiu a ética tola, egoísta. Quem viu a casca, mas não a retirou, agiu segundo a ética da omissão. Finalmente, quem jogou a casca no lixo seguiu a ética da vida coletiva."

LEIA MAIS: veja.abril.com.br/noticia/educacao/o-dilema-da-criacao-dos-filhos-a-etica-compensa

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sábado, outubro 05, 2013

COLUNA DO SPC NOJORNAL A GAZETA


COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA
Sebastião Pereira da Costa

A esperança que morre

A cada dia aumenta o número daqueles que perdem a esperança de que a gestão do prefeito Zé Roberto (PMDB) vai ser melhor que as de seus antecessores. Uma pena. Infelizmente, a simpatia do radialista não tem ajudado o alcaide superar as dificuldades do cargo; ele não conseguiu sequer encontrar seu estilo de administrar, talvez não tenha ainda se libertado do complexo de vereador, acostumado mais a pedir as coisas que mandar fazer. Alguns assessores “amigos” também não estão ajudando em nada, estão é complicando a vida do prefeito. Está na hora de o prefeito ver entre os “amigos” de campanha, quem fica e quem sai. Jesus ensinou: “se o teu olho o atrapalha, arranca-o e joga ao fogo, se teus braços o atrapalham corta-os e joga ao fogo (...) é melhor viver sem eles, que preservá-los e ir para o inferno”. E Jesus sabia das coisas...

Precisa citar nomes dos quintas-colunas? Só ir assistir às sessões de Câmara e os relapsos estão na boca dos vereadores; existe até uma gravação em poder da vereadora Áurea em que um pequeno empreiteiro de obras denuncia, por ato de corrupção, um “amigo de campanha”, que trabalha na Secretaria da Educação! Amigo do homem!

E a merenda escolar? A merenda é comprada em Itararé de um fornecedor, que, segundo línguas viperinas, há tempo tem problemas com denúncias de vereadores itarareenses pela má qualidade dos produtos, alguns com indício de adulteração. E daí?

Quem tem poder para mudar isso é o prefeito Zé Roberto, mas para isso é preciso vontade política e coragem, dizem que alguns assessores têm “costa quente”, por dívida de campanha. Jogo duro. Este escriba cantou a bola antes.

Entretanto, se o prefeito não tomar a iniciativa de expurgar o joio do trigo, o Ministério Público pode entrar em ação, aliás, dizem que o novo promotor, doutor Hamilton Gianfrati Jr. não é de matar com a unha, escreveu não leu, pau comeu. Tomara, porque os abusos se repetem em todas as gestões.

É histórico na política itapevense o prefeito ter maioria no Legislativo, uma lua-de-mel que nas gestões Wilmar e Cavani durou oito anos!! Zé Roberto não teve sequer noite de núpcias, muito menos lua-de-mel, além de já ter de enfrentar duas CEIs: a dos transporte de alunos e da Educação, local onde está guardada a “caixa-preta” de tantos segredos. O prefeito Zé Roberto deve sentir saudade dos festejados primeiros 100 dias de seu governo...

(Nota: esta coluna já estava pronta quando se deu a exoneração do Secretário da Educação e de um assessor problemático. Mas ficam valendo os conceitos acima; semana que vem voltamos ao assunto. Por enquanto, aleluia).

Novos partidos, velhos vícios

Criados por políticos que nunca morreram de amores pela ética na política, os novos partidos estão recebendo adesões, algumas bem conhecidas, são daqueles espertalhões que querem entrar para a política não para trabalhar pelo bem público, mas para ter a chance de um dia poder meter a mão nos cofres das Prefeituras. Oremos.

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