sábado, novembro 30, 2013


COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Itapeva, terra do faz-de-conta

Aqui na província de Furquim Pedroso as coisas estão assim como Alice no país das maravilhas, o reino do faz-de-conta, onde tudo está às mil maravilhas, onde não existe malfeitos no serviço público, todo mundo é honesto na Administração Municipal, na Câmara os vereadores cumprem seu papel fiscalizador; haja vista que as objeções do Tribunal de Contas e do Ministério Público às licitações e aos gastos na construção do prédio do legislativo são questões resolvidas para os vereadores, para eles não houve malversação de dinheiro público na obra, tudo está justo e perfeito. Maravilha!

Enquanto uns vereadores divergem sobre o andamento das duas CEIs na Casa, já com sinais de exaustão, merenda e transporte escolar, outros criticam a Sabesp, jogam para plateia. Passa o ano e nada muda, até piora, mesmo com 15 vereadores regiamente pagos para zelar pela Administração. Eles preferem ficar ciscando em terreno alheio; como disse o Mestre Jesus: “Coam mosquitos e engolem camelos”.

Para ilustrar o que foi dito acima: foram criadas duas instituições fiscalizadoras do serviço público de Itapeva: a Ouvidoria Municipal, criada por projeto de lei de Paulo de la Rua, há cinco anos, e sancionada pelo prefeito Cavani; e uma Controladoria, criada na atual gestão; ambas até agora só existem no papel. Por que será? Será porque está tudo bem mesmo na Prefeitura e na Câmara, ou será porque se uma dessas instituições for implantada pode prejudicar alguns amigos do rei? Ou o próprio rei? Pergunta: qual prefeito, por mais honesto e religioso, quer de fato transparência em sua gestão? Gostaria de conhecer um que fosse.

Ora pro nobis pecatoribus

Causou surpresa e encanto aos irmãos evangélicos da Igreja Quadrangular o prefeito Zé Roberto pedir ao pastor De Angelis para rezar ajoelhado com a mão na bíblia! Aliás, pensei que em todas as igrejas cristãs se rezasse ajoelhado, mas me parece que só se reza assim na católica. Então não seria o caso de perguntar ao prefeito se ele estaria com saudade da Igreja do Papa Francisco? Ou foi só um ato falho? O que teria movido o alcaide beato a querer rezar de joelhos, com a mão na bíblia? Seria remorso por algum pecado cabeludo, que rezar em pé seria pouco? Ou perdão por alguma coisa malfeita? Ou então, pediu força para não pecar contra a castidade? Ou para não roubar? Ou força para não cobiçar as coisas alheias; não desejar a m... epa, este pecado não tem jeito, nem Davi, rei de Israel, escapou. Ou ele rezou para Deus livrá-lo de alguns amigos incômodos (pois dos inimigos ele mesmo se livra)? Será que Freud explica?

O prefeito Zé Roberto anda falando muito em Deus, vive rodeando pastores, agora só quer rezar ajoelhado (humm), se isso não for crise de consciência, o que será? Dizem as más línguas que pode ser sintoma de andropausa (a menopausa masculina).

Tudo bem. Dá pra se ver que temos outro prefeito religioso, isso é muito bom, o seu antecessor, doutor Luiz Cavani, também era bastante religioso, participou de cultos em várias igrejas evangélicas, acompanhou missa na Piedade, meditou em centro espírita, sempre acompanhado do deputado Ulysses e do vereador-candidato Paulo de la Rua; dizem línguas viperinas que eles deram até uma escapadinha ao terreiro de umbanda do Celinho, para um “descarrego” e pedir ajuda. E deu no que deu.

Pelo menos, com o pessoal “lá de cima” nossos prefeitos estão em dia. Aleluia!

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quinta-feira, novembro 14, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA


COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

E os chineses chegaram...

Hoje, dia 14, promete ser um grande dia para a região sudoeste paulista; autoridades chinesas vindas diretamente da China para Itapeva, vão ser recebidas com pompa e circunstância no Manacá Espaço de Eventos, às 17 horas, pelo prefeito Zé Roberto e seu secretariado, a fim de assinar o tratado que torna as duas cidades irmãs, visando com isso o intercâmbio e a cooperação nos campos da economia, comércio, educação, esporte, turismo, cultura, ciência e tecnologia. Serviço completo.

Vai ser o encontro de dois prefeitos: José Roberto Comeron, de Itapeva, e Cong Wenjing, de Xinyu, município da República Popular da China (comunista). Não conheço nenhum tratado dessa natureza, que me parece pioneiro no Brasil, todavia, pela amplitude do documento e a origem dos personagens, estou inclinados a acreditar que pode ser um passo adiante para romper a barreira de atraso de Itapeva e região.

Não é preciso dizer que é um encontro histórico, importante, em que duas culturas, diametralmente opostas, vão estabelecer acordos de cooperação diversificados de larga abrangência, sem levar em conta, entretanto, diferenças socioculturais entre duas etnias, distantes no tempo e no espaço. Mas pode dar certo.

A nós, reles mortais, resta torcer (ou rezar) para que as diferenças ajudem e não atrapalhem; outra questão importante é a experiência decorrente dessa irmandade virtual, tácita: sabe-se que, economicamente, a China viveu séculos de atraso e que, em algumas décadas do século passado se tornou uma das maiores potências mundiais, o que serve como uma luva para nós do Ramal da Fome, que, igualmente, vivemos séculos de atraso. Todavia, para isso ter dado certo na China é preciso lembrar da seriedade do povo chinês com o trabalho, honestidade, patriotismo; lá cada cidadão (ou político) tem o dever, a obrigação, de dar o melhor de si para a sociedade, para o país, faz parte do regime político e de sua cultura; aquele que prevaricar paga caro; Outro fator importante, a mão-de-obra do trabalhador chinês é outro grande diferencial.

Seja qual for o resultado dessa irmandade sino-brasileira, temos que reconhecer a importância da iniciativa e o tirocínio do secretário Ralph Gemignani, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento; ele acreditou no sonho de trazer para Itapeva um novo alento e um novo modelo de economia, cujo desempenho vem surpreendendo o mundo por sua dinâmica de expansão e realizações. Parabéns, Ralph e prefeito Zé Roberto.

Enquanto isso, na Câmara...

Enquanto se faz um evento de Primeiro Mundo no Manacá, a fim de tirar Itapeva do marasmo, na Câmara Municipal acontecem duas CEIs, que são uma vergonha para qualquer administração: a da merenda escolar e a do transporte de alunos, pondo em evidência o quanto estamos atrasados em matéria de honestidade e gastos públicos. Licitações são descaradamente fraudadas, quando não são canceladas, para proveito pessoal de alguns amigos do rei. Interessante que esses espertalhões (para não dizer ladrões) sempre alegam inocência; alguém já viu um corrupto, no Brasil, assumir que é corrupto? Não conheço nenhum, até os mais notórios alegam inocência!

O prefeito Zé Roberto parece que está deixando rolar a investigação, isso é bom, pois se ele quer mesmo ser o melhor prefeito que Itapeva já teve, como ele diz, precisa dar um chega pra lá em alguns amigos do peito e não admitir que eles abusem da amizade. Acreditem no que eu digo: amigos de prefeito são um perigo. Oremos.

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domingo, novembro 10, 2013

COLUNA DO SPC NO JORNAL A GAZETA

Gumercindo, muito mais que uma biografia

Domingo, dia 3, às 9 horas, em Itararé, estive no lançamento do livro biográfico do amigo Gumercindo Ferreira dos Santos, data de seu aniversário de 87 primaveras e muitas histórias, escrito pela autora curitibana Ana Paula de Carvalho. Ao chegar ao Clube Fronteira, local do evento, após comprar o livro (R$ 24,90) enfrentei por mais de duas horas uma fila enorme para conseguir o autógrafo do aniversariante. Curioso é que na fila ninguém reclamava da demora, a maioria das pessoas, desde jovens de 20 anos a idosos de 80, ostentava expressão feliz de estar ali, em pé, aguardando sua vez; parecia que aguardavam o autógrafo de algum astro da Rede Globo, ou do cinema. E o Gumercindo na frente, incansável, só na caneta a esbanjar charme e sorrisos, exalando perfume francês, olhar brilhante, voz grossa, feliz da vida. Aleluia.

O que mais incomodava, após duas horas na fila, era ver o pessoal nas mesas tomando cerveja, refrigerante, alguns comendo, e nós feito camelo no deserto com sede e fome, até que um cristão abnegado, condoído, passou a servir a fila, começando com champanhe (champanhe mesmo, do bom, nada de Sidra Cereser, como algumas bocas malditas insinuaram). Lá pelas tantas, surgiu até um litro de uísque Red Label. O que deixou muito a desejar foi o bufê, a nota dissonante do evento, os salgadinhos pareciam blocos pequeninos de farinha, ressecados, sem gosto de nada, quem comia fazia cara feia pra engolir; entendidos de culinária disseram que aquilo estava pronto havia uma semana, será? O responsável pelo evento devia ser mais cauteloso e exigente com o bufê, faltou-lhe tarimba, na próxima vez ele, ou ela, deve acertar. Uma pena.

Na fila políticos de vários partidos, falta espaço para nomear a todos, onde rolou muito papo agradável, ajudando a aguentar a canseira, até surgir as senhas e o pessoal em pé pode ir esperar a vez nas mesas, tentando comer os tais salgadinhos.

O livro de 158 páginas, da editora ComPactos - Curitiba, está bem escrito, o que faz a leitura agradável; teve gente que leu mais da metade ainda na fila de autógrafos; vale ressaltar que o resultado das vendas será doado ao VICC (Voluntários Itarareenses de Combate ao Câncer), presidido pela vereadora Mara Galvão. Parabéns.

Embora a obra seja fiel sobre os dados histórico-pessoais do biografado, muitos episódios e fatos relevantes de sua vida foram omitidos, outros pasteurizados, refinados; houve muito exagero no enfoque religioso, parece livro de padre; Deus ajudou tanto o Gumercindo que esqueceu seus concorrentes, e a maioria deles fechou as portas; devem ter rezado pouco, bem feito. Será que Bill Gates, da Microsoft, também rezou tanto? Enfim, Gumercindo é homem de valor inigualável, trabalhador, bom coração e conduta exemplar, não precisava rezar tanto, que Deus iria ajudá-lo do mesmo jeito. Oremos.

O livro devia ser lançado em todas as cidades que têm Cofesa. Me convidem.

Procure Saber

Está na moda escrever, ou falar, sobre biografias não autorizadas; Roberto Carlos lascou fogo, proibiu judicialmente todas as suas biografias; Chico Buarque, Caetano, Gil e outros, vítimas da censura durante a ditadura militar, hoje como censores sentem na carne o que os generais e coronéis devem ter sentido na época com suas músicas. A mulher de Caetano até fundou a Associação Procure Saber a fim de resolver os problemas com as biografias dos ditos “democratas”; mas só criou polêmica, no fim, vai prevalecer a censura às obras. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

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